36 - We're just ordinary people, we don't know which way to go


UM MÊS DEPOIS

- Não, Eric, eu não vou tirar uma foto ali! – Eu disse enquanto ele continuava insistindo para que eu subisse numa pedra para tirar uma foto. Estávamos no Riverside Park e a pedra ficava às beiras do Hudson River.– Eu vou cair! – Eu ri.
- Não vai, Ann, a foto vai ficar boa!
- Eric Bragança! Eu não vou subir nessa pedra! Está frio, e eu não estou com vontade de tomar um banho no Hudson River!
- Ok, eu desisto de você. – Nós continuamos caminhando. – Falta quanto tempo para você voltar para LA mesmo? – Ele perguntou.
- Duas semanas. Meu voo está marcado para a segunda semana de setembro.
- Eu vou sentir a sua falta. De novo. – Desde que Eric me encontrou no Central Park naquele dia, nós dois nos reaproximamos. Não como antes, não voltamos a namorar. A nossa amizade voltou a ser o que era antes do nosso namoro. Antes dele, só vinham Isabella e Julie. No momento, ele voltou a ser o meu melhor amigo homem.
- Eu também... Mas agora a gente se achou, e pelo menos nós estamos no mesmo país! – Quando estava com ele e com as meninas, era quase como se nada tivesse acontecido. Eu conseguia brincar, fazer piadas e chorar de rir. Mas quando ficava sozinha, cada segundo me lembrava que eu ainda era apaixonada por quem não devia. – São só seis horas de vôo, você pode ir visitar a gente em LA e ficar na casa do Keegan e do Ian. – Sim, os ciúmes iniciais de Keegan e Ian passaram na primeira vez em que Eric saiu conosco. Eles se aproximaram bastante, e foi bom para eles dois, porque eu não fui a única a me afastar de Josh quando ele começou a namorar Vanessa outra vez. Foi quase uma reação em cadeia. Eu me afastei, Isabella e Julie se afastaram e, logo depois, Keegan e Ian. Não por ele ter terminado comigo. Isso foi ruim, mas era uma coisa que eu tinha que sofrer sozinha. Mas sim por ele não ter esperado nem três dias para aparecer com a garota que estava com ele há um mês, por ele ter me traído por esse um mês e por essa garota ser justo a Vanessa.
- Sério?
- Claro, Eric! Você acha que depois de tudo o que você fez por mim nesse mês eu vou nós vamos conversar por telefone e internet pelo resto da vida? – Eu ri.
- Menos mal. Te disse que a minha mãe adorou saber que a gente se reencontrou aqui? Ela viu as fotos daquele dia no Central Park com as meninas, Ian e Keegan. – A mãe dele sempre gostou de mim.
- A reação foi a mesma lá em casa. Até as minhas tias falaram comigo pela internet querendo saber de você.
- Visita a minha família quando você for ao Brasil, eles vão gostar de te ver.
- Te digo o mesmo. – Continuamos caminhando pelo Riverside Park, passamos o dia inteiro por lá, era um lugar incrível, mas não se comparava ao Central Park. A companhia de Eric fazia tudo passar mais rápido, e quando eu vi a hora, já estávamos quase atrasados. – Que horas o pessoal ficou de chegar no seu apartamento? – Perguntei, já sabendo da resposta.
- Às seis. Por quê?
- Porque são cinco e meia. – Ele se espantou.
- Temos que correr. – Ele me pegou pela mão e literalmente correu em direção à saída do parque, onde seu carro estava estacionado. Quando chegamos ao prédio dele, pegamos o elevador no estacionamento, e quando ele parou na portaria, Isabella, Keegan, Ian e Julie entraram. Conseguimos chegar junto com eles, ao menos.
- Olá pessoas! – Eu disse quando eles entraram no elevador.
- Oi! Peraí, onde vocês estavam? – Ian perguntou.
- Viemos do estacionamento, acabamos de chegar do Riverside. – Eric respondeu.
- Quase perdemos a hora. – Eu falei e Julie olhou para mim com a sobrancelha levantada. Olhei para Isabella e ela estava do mesmo jeito. Eu já sabia que ia ouvir no momento em que os meninos saíssem de perto de nós.
- Chegamos. – Keegan falou e segurou a porta do elevador. Ele, Ian e Eric não se moveram enquanto eu, Isabella e Julie não saímos. Cavalheiros, esses meninos.

Quando entramos no apartamento, os meninos foram direto para a cozinha deixar as sacolas, e eu, Isabella e Julie ficamos na sala. Interrogatório em 3, 2, 1...

- Anne, o que está acontecendo com você e Eric, hein? – Isabella perguntou em português, como sempre fazia quando não queria que alguém entendesse o que nós íamos falar. Mas Eric entendia, e ele estava no outro cômodo.
- SHHHH! O Eric entende português, esqueceu?
- Ops, desculpa.
- Não foge do assunto, Anne! – Julie perguntou, um pouco mais baixo. – Estou sentindo cheiro de revival no ar...
- Que revival o que! Vocês estão loucas! Eu e Eric não estamos juntos outra vez.
- Não é o que parece... – Isabella falou.
- Anne, nunca, em hipótese alguma, você perde a noção da hora quando tem alguma coisa marcada... Você perdeu hoje, e não foi a primeira vez nesse mês. – Julie disse.
- Sem dizer que nesse último mês, você está mais grudada no Eric do que quando vocês namoravam. – Isabella disse.
- Não estou não. Acredite, quando nós namorávamos, eu não tinha vocês na mesma cidade para dividir meu tempo.
- Whatever, o fato é que vocês estão parecendo um casal outra vez.
- Ele, com certeza, gostaria que isso fosse verdade... – Julie disse.
- Não viaja, Ju. O Eric é meu amigo, e só.
- Anne, ele é seu ex-namorado. Ele nunca vai ser seu amigo, e só.
- Dá para perceber pelo jeito que ele te olha que ele ainda gosta de você, Anne.
- Mas eu não gosto mais dele desse jeito, vocês sabem disso.
- Sim, nós sabemos que você gosta de um cara que terminou com você e não esperou nem uma semana para aparecer publicamente com outra. – Eu odiava quando a Isabella tinha razão.
- Mas, mesmo ele sendo o cara que me enganou, eu ainda o amo.
- Olha a chance que está aparecendo na sua frente outra vez! O Eric é um desses caras que Deus fez e jogou a forma fora. – Quando a Julie tinha razão ao mesmo tempo, então, era pior ainda. – Me diz um defeito dele, vai. – Pensei, e não soube o que falar. - Viu, ele não tem defeitos.
- Ninguém é perfeito, Julie.
- Então fala só uma coisinha no Eric que te incomoda, Anne. – Isabella entrou na briga. Mas dessa vez eu sabia o que responder.
- Só uma coisinha? Ele não é o Josh. – E depois disso, elas desistiram, e os meninos vieram para a sala. Mas eu passei o resto da noite pensando no que elas haviam me dito e tive que admitir que percebi que Eric, às vezes, demonstrava um carinho maior que o carinho de amizade.

Eu gostei dele por muito tempo depois que nós terminamos. Ben foi uma tentativa minha de esquecê-lo, de repente, por isso, não deu certo. Para falar a verdade, eu só superei o Eric com o Josh. Será que era ele quem ia me fazer superar o Josh de vez? Obrigada, Julie. Obrigada, Isabella. Agora eu vou ficar com isso na cabeça.

Despertei do meu “transe” com o celular de Julie tocando ao meu lado. Era Lindsey.

- Oi Lindsey. Sim, eu estou com Anne, Isabella, Keegan e Ian, por quê? Ok, fala. – Ela ouviu o que Lindsey tinha a dizer por mais tempo. – AH, isso é incrível! Eles vão amar a novidade. Eu amei! Ok, obrigada, Lindsey, até segunda feira!
- Julie do céu, o que foi, fala logo que eu estou curiosa. – Isabella disse.
- Para de enrolar, criatura! Fala de uma vez! – Eu reforcei.
- Nós vamos passar mais duas semanas em NY! A produção do filme acabou de decidir que as últimas cenas podem ser filmadas aqui ao invés de serem filmadas em LA. – Mais um mês em Nova Iorque? Isso era mais do que perfeito, eu estava apaixonada por aquela cidade! Isabella e Keegan estavam abraçados. Julie e Ian estavam se beijando. Olhei para Eric. Ele estava com um sorriso de orelha a orelha – e que sorriso – enquanto vinha na minha direção.
- Você não vai embora!
- Não! – Eu disse rindo, e ele me abraçou por mais tempo que o de costume. Ops.

Quando nos separamos, Isabella e Julie me olhavam com aquele olhar que significava “eu disse”. A noite passou até mais rápido depois daquilo. Nós jantamos e brindamos mais um tempo em Nova Iorque com duas garrafas de vinho, todos iríamos embora de táxi, de qualquer forma. Quando eles foram embora, eu fiquei para ajudar Eric com a louça, e nós dois bebemos mais um pouco. Eu tinha que parar com isso, nunca bebi tanto como no último mês... Quando percebi o motivo pelo aumento no meu consumo de álcool, bebi mais uma taça. Nós acabamos e sentamos no sofá; eu não tinha muita noção do que estava fazendo enquanto nós conversávamos, mas tudo bem, conseguiria entrar num táxi e voltar para o hotel.

- Ann? – Ele perguntou do nada depois que ficamos alguns minutos calados.
- Oi.
- Estou muito feliz por você ficar mais um mês aqui em Nova Iorque.
- Eu também! – E eu realmente estava. Mas o Eric estava tão próximo assim quando nós sentamos aqui?
- Nós estamos bêbados, né?
- Com certeza. – Eu ri. – Por que essa colocação filosófica agora?
- Por que agora eu estou com coragem de fazer uma coisa que quero desde o dia em que nós dois terminamos há dois anos. – Droga. Tinha que tocar nesse assunto? Eu ia começar a me afastar quando ele começou a falar uma coisa que chamou a minha atenção. – Terminar com você foi a pior coisa que eu fiz. Eu dei mais valor à minha carreira do que ao que nós sentíamos um pelo outro, e você não tem noção de como eu me arrependi e me arrependo até hoje. A gente se viu quase todos os dias nesse último mês e só Deus sabe o quanto eu me controlei para não fazer o que estou prestes a fazer agora. – Eram palavras que eu queria ouvir... Mas, tinha alguma coisa de errado ali, e eu não sei se era o meu cansaço ou a bebida, de repente os dois, que me impediam de perceber o que era. Continuei prestando atenção, mesmo assim. – Anne, me perdoa? Eu não devia ter terminado com você. Desculpa. – Meu Deus, como eu esperei para ouvir isso. Ele se aproximou e eu não me afastei. Senti seus lábios nos meus e continuei ali. Quando ele viu que eu não ia fugir, aumentou a intensidade do beijo, que ficou quase bruto. Bruto até demais. Será que era possível que o beijo de Josh tivesse mudado em tão pouco tempo?

Foi aí que eu percebi. Eu queria ouvir aquelas palavras sim, mas vindas da boca de outra pessoa. Eu queria aquele beijo. Mas não da pessoa que estava me beijando agora. A coisa errada no discurso dele que eu não conseguia perceber, não era o discurso em si, mas a pessoa que o fazia. Eu ouvi aquilo tudo pensando no Josh. Eu estava beijando Eric pensando no Josh. Meu Deus, o que eu estou fazendo?! Me afastei dele o mais rápido o possível.

- Hum, Josh – damn – Eric eu... Eu preciso ir embora. Tchau. – Não dei tempo para ele responder nem de me impedir de ir embora. Quando cheguei na rua, peguei um táxi imediatamente e disse para onde iria.

Durante o trajeto, fiquei tentando juntar os pedaços do que havia acontecido, e eu jurei que eu nunca mais beberia vinho na minha vida. Estava tudo embaralhado na minha cabeça. Eu via Eric dizendo que estava arrependido e Josh me pedindo desculpas. Depois eu lembrava de ter beijado Eric, mas na minha cabeça, eu via Josh. Ninguém me odiava mais que eu mesma naquele momento. Porque eu beijei outra pessoa. Porque essa outra pessoa não merecia que eu a tivesse beijado pensando em outro. Porque a pessoa que eu beijei, não era o Josh. Parabéns, Anne.

No dia seguinte, acordei com o meu celular gritando do meu lado. Quando peguei, era Julie ligando.

- Ooooi. – Eu falei com voz de sono.
- Oi Ann. Te acordei? – Minha cabeça parecia que ia explodir com cada palavra dela.
- Sim. Que horas tem? 
- Duas da tarde.
- Meu Deus, eu preciso levantar!
- Liguei para saber como foi o fim da noite com o Eric...
- Hã? Eu não fui embora com vocês?
- Não, você ficou para ajudar o Eric a arrumar a bagunça... Esqueceu?
- Eu não lembro de mais nada depois que vocês foram embora. – Pânico era o que eu estava começando a sentir.
- Anne, onde você está? – Julie perguntou preocupada.
- No meu quarto no hotel.
- Menos mal, pelo menos você chegou aí segura... Está sozinha?
- Espero que sim. – Olhei para os lados e tudo estava normal, não parecia que outra pessoa tivesse passado por ali nas últimas horas.
- Hum, Anne. – Ela riu. – Eu preciso te perguntar... Você está vestida? – Olhei para mim mesma e respirei fundo, aliviada.
- Sim. E com as mesmas roupas de ontem... Não tirei nem os sapatos.
- Nossa, vocês beberam mais umas cinco garrafas depois que nós fomos embora, né?
- Você esqueceu que eu não lembro?
- Ah, desculpa. É porque eu lembro de ter te deixado lá alegrinha, não bêbada a ponto de não lembrar o que aconteceu. Você nunca foi disso... – Não respondi. Eu sabia por que tinha começado a beber tanto assim. – Ah. – Ela percebeu. – Anne, isso já está ficando sério demais. Você tem uma semana pra sair dessa fossa disfarçada, ou eu e Isabella vamos interferir. – Fiquei muda. – E não adianta se fingir de morta que eu sei que você está aí. Mais tarde a gente te liga, um beijo. – Ela desligou. Parece que eu não estava conseguindo fingir tão bem quanto achei que estava...

TRÊS SEMANAS DEPOIS

Eu estava me sentindo num programa de alcoólicos anônimos. Julie e Isabella conseguiam ser bem persistentes quando queriam. Elas simplesmente passaram todos os dias das últimas semanas regulando o que eu bebia. E eu não me atrevi a tomar nem uma gota de álcool. Para falar a verdade, é muito ruim não saber o que aconteceu com você durante uma noite inteira. E o pior, Eric também não lembrava. Eu só torcia para nós não termos feito nada demais naquela noite.

Entrei na Starbucks da Times Square e elas duas já estavam sentadas numa mesa ao fundo. Quando me viram, Julie levantou um copo extra de café. Elas tinham pegado o meu. Ainda era estranho ser a que chegava e ia embora sozinha... Não via a hora de voltar para o nosso apartamento de LA. As cumprimentei e sentei entre as duas.

- Descafeínado com creme pra você, Ann. – Isabella me estendeu o copo quando eu sentei.
- Obrigada baby. – Peguei o notebook e o liguei. Nós íamos fazer redigir as últimas entrevistas, finalmente. Faltavam uma semana para as gravações de In New York’s Streets acabarem oficialmente. Era um alívio. Nós estávamos conversando sobre alguma cosia avulsa enquanto eu procurava a pasta com as coisas do filme do meu computador.
- Organizar as pastas, ninguém quer, né, Ann? – Julie disse.
- Abstrai, meu computador nunca foi organizado.
- Anne, o que é isso aqui? – Isabella apontou para uma pasta chamada “Roteiro”. Elas não deviam ver aquilo, não agora.
- Nada. – Tentei desconversar e continuar procurando a pasta de INYS, mas elas não deixaram. Isabella tirou a minha mão do touchpad enquanto Julie abria a pasta e elas viam vários documentos do word separados, meu trabalho das últimas madrugadas.
- Anne, você voltou a escrever! – Isabella disse, largando a minha mão.
- Sim, voltei... Achei mais produtivo do que simplesmente não dormir à noite. Mas, mesmo assim, vocês não vão ver isso agora. Fechei a pasta.
- Ah, Anne, para com isso! A gente sempre leu as suas histórias antes de todo mundo.
- Mas vocês vão ler antes de todo mundo... Só não vão ler agora. – Eu ainda não sabia se ia divulgar aquilo para o mundo. Aquela história era diferente... Era especial. Abri a pasta de INYS e atraí a atenção delas duas para o trabalho.

Quando nossos cafés acabaram, eu fui até o balcão pedir mais três, ainda tínhamos algum trabalho a fazer. Estava concentrada em não deixar os três copos de café caírem no chão, andando num chão escorregadio e extremamente liso de salto alto, quando alguém se aproximou.

- Precisa de ajuda? – Eu me sobressaltei quando ouvi. Olhei para trás e sorri instantaneamente.
- Connor! Amy! Que saudade de vocês! – Eu tentei cumprimentá-los, mas não consegui com todos aqueles copos. – Eu estou ali com as meninas, vocês podiam sentar com a gente...
- Vamos! – Amy disse e eles dois me acompanharam até a mesa. Deixei os copos e dei um abraço em cada um, ignorando o fato de que eles dois me lembravam loucamente do Josh.
- Vou pegar os nossos cafés, já volto. Você quer o de sempre, Amy? – Connor perguntou.
- Sim sim.
- Anne, cadê os cookies? – Isabella perguntou.
- Droga, esqueci. Connor, vou com você para pedir os cookies, senão ela não vai parar de reclamar no meu ouvido.
- Depois de você. – Ele estendeu a mão para que eu passasse na frente. Eu já tinha quase esquecido que o cavalheirismo era de família... Presta atenção, Anne, não vai pensar em besteira.
- Ah, Amy, recebi aquele texto que você me mandou ontem e adorei... – Isabella começou a falar assim que eu me levantei.

Toda Starbucks, em qualquer lugar do mundo, tem uma filinha básica no balcão de pedidos. A diferença da loja da Times Square para as outras era que em cinco minutos, a filinha básica se transformava numa fila gigante. Pelo menos, dessa vez eu não estava sozinha.

- Como vai a vida, Connor? – Me resumi em perguntar só isso. Não ia fazer a linha da ex-namorada patética que perguntava do menino para outras pessoas...
- Vai bem! Agora, meio corrida, essa semana eu e Amy começamos o último período da faculdade... E eu estou pensando em chamá-la para morar comigo. – Ele disse com um brilhinho nos olhos.
- Aaaah, super apoio essa decisão! Vocês ficam tão lindos juntos!
- Eu quero ver se dá certo, sabe...
- Ver se dá certo... Peraí, Connor... VOCÊ VAI PEDIR A AMY EM CASAMENTO?
- Fala baixo, Anne, é pra ser surpresa!
- Se eu te der um abraço agora ela vai desconfiar, né?
- Com certeza, se contenha. – Ele riu.
- Ai, parabéns, eu tenho certeza que ela vai aceitar!
- E você sabe por que eu estou te contando isso, né?
- Porque você acha que eu sou uma boa pessoa para confiar segredos?
- Também... Mas porque eu quero que você seja uma das madrinhas... – Eu achei que tinha ouvido errado. Piorou quando ele continuou a falar. – Sendo o par do meu irmão.
- Hum, Connor... Eu acho que isso não vai acontecer. Ele tem outra namorada agora, esqueceu?
- Aquela menina não entra no meu casamento nem com uma casa mobiliada de presente, quem dirá sendo madrinha. – Eu não consegui conter um sorrisinho.

Chegou a nossa vez. Fizemos os pedidos e continuamos conversando enquanto esperávamos.

- Eu sei que você está morrendo de vontade de perguntar como ele está... – Culpada. – Pode perguntar, eu não conto.
- Como ele está?
- Péssimo. – Nós só podíamos estar falando de duas pessoas diferentes.
- Não é o que parece todo dia no set, quando ele fica com aquela garota de pingente para cima e para baixo.
- Anne, você esqueceu que ele é ator? – O que aquilo significava?
- E isso quer dizer que...
- Isso que dizer que não posso te falar mais nada, já falei demais até agora. – Eu devia estar com uma interrogação gigante na testa, porque ele continuou a falar. – Anne, você também cuida da parte de edição do making of do filme, né?
- Sim, eu editei boa parte do making of de LA... Mas o que isso tem a ver com o Josh estar péssimo?
- Tem a ver que pra esse making of, muitas vezes, as câmeras não são desligadas depois que as cenas acabam, certo?
- Certo, não desligam as câmeras para pegar os atores agindo espontaneamente. E eu ainda não sei onde você quer chegar.
- Quem está editando o making of de NY?
- Eu, Isabella e Julie vamos começar amanhã.
- E vocês assistem a todos os vídeos, certo?
- Certo.
- Ok. Preste uma atenção especial aos vídeos do dia em que Josh terminou com você.
- Por quê?
- Você pode achar algumas coisas bem interessantes por ali... – Nossos cafés ficaram prontos e Connor não tocou mais nesse assunto pelo resto da tarde. Eu é que não tirei aquilo da cabeça. O que será que ele tanto queria que eu visse no making of do filme?


Música do nome do capítulo:
Ordinary People, Asher Book
(Trilha sonora de Fame)
Não me matem pelo beijo, por favor...
A felicidade está chegando!
AH, esse capítulo já teve mini spoilers da segunda temporada da fic!

6 comentários:

  1. esse cap só provou o por quê de sermos twins o.O

    ResponderExcluir
  2. Esse capítulo foi o cúmulo dos cúmulos, Izabela. kkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  3. Cretina, ordinária!! rsrs!!
    Não tirei isso da mente a noite inteira, droga!
    Amei esse capítulo!!! *o*

    Quer me matar com trilha sonora de Fame é?

    ResponderExcluir
  4. AHHHHH amei esse capitulo.Muito ansiosa para o próximo

    ResponderExcluir
  5. PUTA QUE PARIU (Desculpa o palavrão de baixo calão, não me contive)! A PORRA VAI FICAR, FINALMENTE, SÉRIE! WOOOOOOOOOW Por favor, diga que você vai postar ainda hoje?! Quando eu chegar do meu cursinho, a noite, vou vim correndo aqui pra ver se tem att nova *-* Estou adorando, sério D:

    ResponderExcluir
  6. Natascha: Ah, estava fuçando umas músicas antigas e achei a trilha de Fame, kkkk
    Theodora: Obrigada, fofa!
    João: Está desculpado, agora a po**a vai ficar séria mesmo, kkkk. Eu acho que ainda posto hoje sim!

    ResponderExcluir