22 - Marry me today and everyday


- Respira Julie. – Falei.
- Vou falar para você quando você for a noiva. – Ela respondeu. Meus apelos para a calma dela não estavam surtindo muito efeito.
- Chega. – Paula disse. – Eu sei de uma coisa que vai te acalmar. Vou lá fora procurar algo mais forte que água para nós quatro bebermos.
- Você é louca? A Isabella não pode beber e eu não quero me casar bêbada. – Julie disse. – E desde quando você bebe, Paula Leocata?
- Eu tenho 19 anos, já posso beber legalmente no Brasil.
- Mas aqui não. Ninguém vai te dar bebida alcoólica. – Falei. – Eu vou buscar.
- Anne Christine Borges, não ouse sair de dentro desse quarto com o vestido de madrinha.
- Ei, esse não ouse é fala minha! – Isabella disse se manifestando pela primeira vez. Julie olhou para ela e começou a chorar.
- Eu acho que não vou aguentar. – Ela disse e nós três a abraçamos imediatamente. Quer dizer, eu, Paula e a barriga da Isabella. – E se ele desistir? E se ele disser não? E se não vier ninguém? Eu sonhei três vezes só essa semana que o meu casamento ia ser um fracasso.
- Definitivamente, você precisa de uma bebida. – Isabella disse.
- Esse ataque de nervos é normal, Julie. Vai dar tudo certo. O Ian nunca desistiria de casar com você, foi ele quem pediu, esqueceu? – Falei.
- Sem dizer que já tem gente esperando lá fora, você não corre o risco de não ter convidados. – Paula disse.
- E eu vou ligar para o Josh agora. Você precisa beber.
- Eu já disse, não quero casar bêbada, Ann.
- E quem disse que precisa ficar bêbada? – Falei enquanto pegava meu celular. Josh atendeu no segundo toque.

- Tentando espionar o lado inimigo, Annie? – Ele disse.
- Acho que sim. Como estão as coisas por aí?
- Ian está uma pilha, Keegan está fazendo piadinhas que não ajudam muito no nervosismo dele e Lucas diz de dez em dez minutos que Ian será um homem morto se magoar a Julie. Sim, tudo tranquilo.
- Me encontra no corredor?
- Estou saindo.

- Você tem a última chance de mandar um recado para o seu noivo antes que ele seja seu marido. Rápido! – Falei.
- Vai ver como ele está... E diz que eu o amo. E não desisti. – Ela falou e eu saí do quarto. Josh estava me esperando na porta em frente, no corredor.
- Não sabia que vocês estavam tão perto. – Falei.
- Estou sempre mais perto do que você imagina, baby. – Eu ri e ele me deu um abraço e um beijo na bochecha.
- Dá para eu entrar? Tenho um recado da Julie para o Ian.
- Só se eu puder fazer o mesmo depois, também tenho um recado.
- Eu ia pedir para você pegar alguma coisa para ela beber...
- Tem aqui dentro. – Ele disse colocando a mão na maçaneta. – Nós recorremos a esse artifício antes de vocês.
- Então é daqui mesmo que eu vou contrabandear álcool. – Ele segurou a maçaneta mas soltou em seguida e olhou para mim outra vez.
- Antes que eu esqueça... Você está linda. – Ele disse no meu ouvido e me deu um beijo na nuca. Eu devo ter ficado mais vermelha que meu vestido.

Mal tive tempo de responder e ele abriu a porta do outro quarto. Ian me olhou e eu percebi que ele estava quase mais desesperado que a Julie.

- O que foi Anne? Ela desistiu? Vai, fala de uma vez, eu aguento. – Ele disse me segurando pelos braços.
- Depois do trabalho que nós tivemos para planejar isso tudo eu juro que seria capaz de matar vocês dois se desistissem. – Falei.
- E isso quer dizer que...
- Você está vendo sangue em minhas mãos? Não, ela não desistiu. Respira. – Respirei fundo e ele seguiu meu exemplo. – Ela me mandou dizer exatamente o contrário. Que não desistiu e que te ama. – Foi impossível não sorrir junto com ele.
- Acho que estou mais calmo. Mas só vou ficar tranquilo quando ela disser sim.
- Falando em tranquilidade, eu preciso de uma garrafa de... – Olhei as opções. Eram muitas. Achei que tequila seria muito forte, então escolhi outra. – Johnnie Walker. Pode-se dizer que os ânimos do lado de lá não estão muito calmos...
- A Isabella vai beber isso? – Keegan perguntou.
- Claro, Keegan. Eu vou dar álcool para a minha melhor amiga grávida de quase quatro meses.
- Não vai não! – Ele estava levando aquilo de “melhor pai que aquela criança poderia ter” bem a sério.
- Meu Deus, ainda nem virou pai e já parou de entender ironia... Vou embora antes que eu quase mate o Lucas do coração...
- Não sou noivo nem pai, você não corre esse risco, Ann.
- Menos mal. – Falei e saí do quarto junto com Josh. – Você vai ficar assim no dia do nosso casamento?
- Não. – Ele fez uma pausa enquanto eu abria a porta do nosso quarto. – Vou ficar pior.
- Pior que o que? – Julie perguntou me impedindo de respondê-lo.
- Nada demais. Eu vim trazer um recado do seu noivo. Preparada? – Ele perguntou enquanto eu colocava a bebida num copo. Entreguei a ela se só depois de beber tudo de uma vez, ela respondeu.
- Sim.
- Ele disse que está ansioso para te ver de noiva. E que não vê a hora da vida nova de vocês começar. – Ela suspirou e sorriu.
- Agora falta pouco. – Falei. Logo em seguida, a mãe da Julie abriu a porta do quarto.
- Vim te ajudar a colocar o vestido, Julie.
- E essa é a minha deixa. – Josh disse e me deu um beijo na bochecha antes de sair do quarto. Julie continuou olhando para mim.
- Você já respondeu a proposta que ele te fez? – Ela já estava bem mais calma.
- Não. Ainda estou pensando. E, por favor, não é hora de falar disso. Você tem um vestido de noiva para colocar, Fleur Delacoir.

Ela riu quando a chamei assim, mas o vestido dela era idêntico ao da Fleur em Harry Potter and the Deathly Hallows - Part II... O meu vestido, o vestido da Paula e o da Isabella eram inspirados no vestido vermelho que a Hermione usou no mesmo filme, só tinham a saia mais longa, mas no mesmo padrão de babadinhos da personagem da Emma Watson. A barriga de Isabella parecia ainda maior com um vestido de babados cor de rosa e Paula estava fofa de amarelo. Todas nós combinávamos com o tema escolhido para o casamento: The Wizarding World of Harry Potter.

- Você já se viu no espelho? – Isabella perguntou quando Julie apareceu com a mãe já usando o vestido de noiva.
- Não.
- Então se vire. – Ela disse e Julie virou de costas e se olhou vestida de noiva. Não é preciso dizer que eu, Isabella, Paula, Julie e a mãe delas estávamos chorando.
- Chegou a hora, Julie. – Emily, a organizadora oficial do casamento chamou. – As madrinhas vão na frente. Seu pai está esperando aqui na porta.
- Nós já vamos. – Falei. Emily deu os nossos mini buquês de madrinha/damas de honra e eu, Isabella e Paula fomos para fora da “casa” do sítio onde ia ser o casamento.

Eu ainda não tinha visto a decoração e fiquei pasma com a semelhança ao casamento do Bill e da Fleur no filme. Montaram uma tenda roxa – sem a ajuda de varinhas e de longe eu não conseguia enxergar muitos detalhes, mas os convites tinham sido como cartas de Hogwarts e as lembranças vão ser varinhas inspiradas na “Varinha das varinhas” com “Julie and Ian” gravados.

- Meninas, vocês podem ir para lá. Julie está vindo. – Emily disse. A mãe dela foi com Emily ficar em seu lugar no altar. Paula, Isabella e eu as seguimos nessa ordem. Quando chegamos perto da entrada da tenda, nós três ficamos nos nossos lugares e quando olhei para trás, vi Julie vindo com o pai dela.

Paula entrou quando a música começou a tocar. Cinco passos depois, Isabellla entrou com uma mão na barriga e outra segurando o buquê. Não era eu casando, mas eu fiquei com um frio na barriga gigante quando Emily fez o sinal para que eu entrasse. Não melhorou quando eu vi Josh no altar ao lado de Isa e Keegan esperando por mim. Ian parecia ainda mais nervoso agora e eu juro que vi as mãos dele tremendo quando me aproximei. Pisquei para ele e fui para a direção contrária ficar ao lado do Josh. Ele me ajudou a subir o degrauzinho e não largou a minha mão. A música mudou e Julie apareceu com o pai dela. Eu comecei a chorar como sabia que ia acontecer. Olhei para o lado e Isabella estava fazendo o mesmo. Paula e Lucas estavam com sorrisos do tamanho do mundo. Julie foi devidamente entregue ao noivo dela que estava com outro sorriso daqueles gigantes e chorando ao mesmo tempo. Eu segurei o buquê dela e nós nos sentamos para assistir a cerimônia.

- Ian Harding, você aceita Julie Leocata Vilela como sua legítima esposa para honrar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença por todos os dias da sua vida? – Ele respirou fundo e olhou para Julie.
- Sim.
- Julie Leocata Vilela, você aceita Ian Harding como seu legítimo esposo para honrar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença por todos os dias da sua vida? – Ela sorriu e respondeu entre lágrimas.
- Sim.
- Com o poder investido em mim pelo estado da Califórnia, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
- Sem pensar duas vezes. – Ian disse e todos nós rimos enquanto aplaudíamos. Josh me deu um beijo rápido ao mesmo tempo e falou algo do tipo “já, já, seremos nós dois”.

Na festa, eu e Josh estávamos dançando e eu percebi que ele estava estranho. Já imaginava o motivo, mas perguntei assim mesmo.

- O que foi, baby?
- Nada. – Olhei para ele com a sobrancelha levantada.
- Sério que você está tentando mentir para mim, Joshua?
- Ah, Ann... É que eu estou ficando agoniado com a espera pela sua resposta. – Ele olhou para baixo. – Eu não quero te pressionar, mas parece que todo mundo está seguindo e nós dois continuamos estacionados no namoro.
- Você quer falar sobre isso agora? – Perguntei com o tom mais normal que consegui, minha intenção não era brigar.
- Sim.
- Vamos lá fora. – O puxei pela mão e nós sentamos num banquinho fora da tenda onde todos estavam.
- Toma meu paletó, está frio aqui fora. – Ele colocou o paletó sobre os meus ombros e eu agradeci.
- Você sabe que eu não estou demorando a responder por sua causa, não é? Eu nunca tive tanta certeza de nada na vida como tenho certeza que te amo e que é com você que eu quero passar o resto da minha vida. – Ele sorriu. – Mas quando eu falava que você só ia conseguir me levar para morar com você quando a gente casasse não era uma total brincadeira. Eu cresci pensando nisso. – Ele desfez o sorriso imediatamente. – Mas isso é uma questão de costume, como foi quando eu saí de casa com 18 anos e quando eu me mudei para LA. Eu só preciso me acostumar, e eu estou tentando. Eu quero morar com você, mas demora um pouquinho para me acostumar com a ideia, sabe? E eu acho que isso já não interfere muito nas minhas decisões, mas os meus pais iam pirar se eu dissesse que ia morar com você antes mesmo do noivado.
- Eu te entendo.
- E ainda tem a Isabella... Ela acha que eu não sei que ela e Keegan estão procurando casa para morarem juntos, mas eu sei. E enquanto ela não se mudar, eu não posso deixá-la sozinha naquele apartamento. Ela está grávida e está se fazendo de forte, mas nós duas estamos arrasadas porque a Julie está indo embora, vai ser demais para ela ter que lidar comigo saindo de casa também. Desculpa, mas não dá. Não agora. – Ele passou a mão nos meus cabelos e sorriu. Mas o sorriso não chegou aos olhos dele e eu sabia que ele só estava tentando fazer com que eu não me sentisse mal. – Vamos combinar uma coisa? – Eu vi um tracinho de esperança passar pelos olhos dele.
- O que?
- Quando a Isabella se mudar para a casa que ela e o Keegan vão comprar, eu me mudo para a sua. Seria burrice minha ficar no apartamento sozinha podendo ficar com você. E desse jeito a Isabella também não fica sem companhia na gravidez. – Ele sorriu.
- Sério?
- Sério.
- Vai valer se eu ajudar o Keegan e a Isa a encontrarem casa mais rápido? – Eu ri.
- Vai.
- E se eu usar de outros artifícios para fazer você passar mais tempo comigo?
- Dependendo dos artifícios e se a Isabella estiver bem e acompanhada, também vale.
- Você vai morar comigo mesmo?
- Vou. É bom que a gente já vai acostumando... Ainda acho que você é louco por querer aturar todas as minhas manias diariamente, mas você me parece bem decidido. – Falei.
- Vai valer a pena se eu não precisar dormir naquela cama gigante sozinho nunca mais.
- Você sabe que não vai ser tudo alegre e colorido, não é? A gente vai brigar, vai se desentender... Mais do que já faz agora.
- Vamos combinar outra coisa? – Ele perguntou.
- O que?
- Não importa quanto demore para você se mudar, quando a gente brigar, nós nunca vamos dormir juntos sem fazer as pazes. Nem que a gente fique acordado a noite toda porque você é teimosa e eu sou orgulhoso.
- Nem que você durma no carro e eu no sofá.
- Combinado? – Ele estendeu a mão.
- Combinado. – Eu apertei a mão dele enquanto falava. E ele me puxou e me deu um beijo logo depois.
- Eu amo você. E é por isso que eu vou aturar todas as suas manias diariamente e não vejo a hora desse “diariamente” começar.
- E eu amo você exatamente por isso. Você não desiste de mim nem quando eu faço besteira... E olha que eu sempre faço. – Ele sorriu e me deu outro beijo.
- Acho melhor nós voltarmos lá para dentro... Já deve estar na hora do seu discurso de madrinha. Você vai falar por todos nós, então vê se capricha, ok?
- Deixa comigo, baby.

Quando voltamos para a tenda, realmente, estava na hora do meu discurso. Eu ia falar por todos nós porque os meninos e a Paula disseram que eu e Isabella éramos as jornalistas e tínhamos estudado para inventar discursos e falar em público. Eles precisariam de um texto pronto. Isabella preferiu não fala porque sabia que não ia conseguir dar um “boa noite” sem chorar, então sobrou para mim.

- Boa noite! – Comecei com o clichê. – Eu sou Anne, a madrinha, como todos vocês devem ter percebido. – Consegui arrancar risadas de quem em ouvia, e isso era um bom sinal. – Quando me disseram que eu ia ser a madrinha que faria o discurso, há mais de um mês atrás, eu pensei: “Tudo bem, tenho tempo para escrever alguma coisa direitinho”. Mas como você podem ver, eu não tenho nenhum papel aqui. Eu não escrevi. Nada. Simplesmente porque eu não consegui e porque eu achei que não precisava de um papel para me ajudar a descrever a felicidade que eu estou sentindo hoje. Há quase dez anos, duas pessoas entraram na minha vida ao mesmo tempo e eu não tinha noção de como elas seriam importantes para mim. E, olha só, hoje eu estou no casamento de uma delas. – Sorri. – Seguindo o clichê, agora eu teria que descrever a Julie. Mas eu, ela e Isabella somos iguais. Nós três sempre sonhamos num dia como esse. Casar com a pessoa que nós amamos. Sempre nos perguntamos quem seria a primeira de nós três a realizar esse sonho. E a nossa caçula foi a pioneira! E sim, eu estou muito feliz por isso. Mas eu mentiria se dissesse que essa felicidade ocupa 100% de mim agora. Por dez anos, nós fomos um trio. E agora nós estamos prestes a virar uma dupla. E por pouco tempo, porque faltam alguns meses para a Isabella realizar mais um sonho de nós três: o de ser mãe. Nós nos formamos juntas no ensino médio, entramos na faculdade e nos formamos nela ao mesmo tempo. Fizemos o mesmo curso e nos mudamos para o exterior juntas. E pela primeira vez em dez anos, as nossas vidas estão tomando rumos diferentes e separados. Julie agora é Julie Harding. Isabella está prestes a ser chamada de mamãe. Eu vou ter o meu nome nos créditos de um filme. Saber que nós três encontramos pessoas incríveis para estarem ao nosso lado enquanto nós seguimos esses rumos separados me consola. Mas ainda assim, é difícil. – Eu já estava quase chorando. – Então, Ian, eu espero que você saiba da responsabilidade que você assumiu quando disse sim mais cedo. Você está se casando com uma mulher maravilhosa que eu amo muito. E você já viu o que acontece com quem magoa uma delas duas, mesmo que sem querer, não é?  Trate de ser o melhor marido que ela pode ter. Ou você vai ter que se entender comigo e você sabe, as baixinhas são as piores. Julie, você escolheu um cara perfeito. Depois do que eu acabei de falar, eu tenho certeza que ele vai ser o melhor para você. Então também seja uma boa esposa, porque ele merece. Você vai para longe, mas nós nunca vamos nos separar. Como você mesma já disse para mim e para a Isabella, pelo menos dessa vez nós estaremos no mesmo estado. Eu amo vocês dois e espero que hoje seja só o começo do “viveram felizes para sempre” de vocês. Um brinde à felicidade dos noivos!

Eu terminei chorando e quando desci do palco, Isabella e Julie vieram falar comigo.

- Anne, é injusto, eu estou grávida, não devia chorar assim! – Isabella disse.
- Olhem para mim. – Julie disse séria. – Eu amo vocês. E nós nunca vamos nos separar. Nunca. – Nos abraçamos e só percebemos que todos estavam olhando para nós três quando ouvimos aplausos e sentimos flashes. – Agora vamos parar de chorar por que eu vou jogar o buquê! Fiquem aqui.

Eu e Isabella obedecemos e observamos Julie subir no palco e falar o que ia fazer. Todas as mulheres solteiras da festa se aproximaram. Julie se virou de costas.

- 1, 2, 3 e já! – Ela jogou o buquê e eu vi que ele foi um pouco mais para a esquerda da direção onde eu e Isabella estávamos. Bem nas mãos da Paula.
- Eu acho que a gente não precisa de um buquê para conseguir arrumar um casamento, hein, Ann... – Isabella disse enquanto nós caminhávamos de volta para a mesa onde Keegan e Josh estavam.

Nos sentamos perto deles e logo, logo sabíamos que teríamos que levantar, porque Julie e Ian estavam se preparando para a primeira dança ao som de “If You Told Me To”, do Hunter Hayes, a música que o Ian cantou para ela quando disse que a amava pela primeira vez. Depois do primeiro refrão, eu e Josh, Isabella e Keegan, Paula e Lucas e os pais dos noivos fomos para o salão dançar com eles.

- Você está bem? – Josh perguntou.
- Sim. Eu estou feliz, mas isso assusta, sabe?
- O que assusta?
- Crescer. Assusta demais. E eu não sabia que ia me dar conta disso outra vez depois dos 18 anos.

CINCO DIAS DEPOIS

- Promete que não vai pirar. – Josh disse enquanto me mantinha de olhos fechados. Ele chegou lá em casa com uma caixa e assim que eu abri a porta, disse para eu me sentar no sofá e fechar os olhos.
- Prometo. – Ele demorou um pouquinho. – Pode abrir os olhos.

Quando eu olhei para a frente, ele estava segurando um filhote de cachorro. Um labrador bege.

- Josh! – Gritei e peguei o filhotinho no colo.
- É para você.
- Mas, Josh, eu não posso ter animais aqui. E ele vai ficar gigante quando crescer.  
- Eu sei. Ele vai ficar lá em casa. Eu disse que ia usar artifícios para você querer se mudar mais rápido. E não adianta ficar brava porque você deixou. – Ele fez uma pausa. – Ou, pensando melhor, fica brava. Você fica muito atraente com as bochechas vermelhas e aquele olhar de metralhadora.
- Eu não estou brava. Gostei do presente, de verdade. – Falei e dei um beijo nele.
- Então escolhe um nome para ele.
- É macho, certo?
- Sim, se fosse fêmea, logo, logo o Driver arrumaria filhotinhos. – Eu ri.
- Hum... Travis. O nome dele é Travis.
- Seja bem vindo à família, Travis. – Ele disse. – O Travis precisa de coleira, pratos de ração, água e mais todos os outros mimos que eu sei que você vai querer comprar.
- Isso é um convite para is às compras, Joshua?
- Sim.
- Estarei pronta em cinco minutos.
- A Isabella está na casa do Keegan, não é? – Ele perguntou da sala enquanto eu corria para o quarto trocar de roupa.
- Sim, ela vai ficar por lá essa noite.
- Você podia ir lá para casa também. Sabe, para ficar com o Travis... – Eu ri sozinha enquanto tirava uma blusa para colocar outra.
- Se você quiser que eu durma com você, é só pedir, Josh. – Falei aparecendo na porta do quarto de short e sutiã.
- Não, é pelo Trav, eu juro. – Vesti a blusa e peguei a minha bolsa.
- Tudo bem, eu vou. Mas pelo Trav. - Peguei o Travis de seu colo e dei um beijo nele. – Vamos? 

Tears, tears, tears, tears, sempre choro em casamentos. 
Gostaram babys? Espero que sim.  Me diverti escrevendo isso. 
Vamos aos links: 

3 comentários:

  1. AS LAGRIMAS NÃO ME DEIXAM DIGITAR, tchau

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  2. Chorando sim ou claro??

    Ariel Cretina, safada, sem vergonha! Você não tem o direito de me fazer chorar em casamentos, ok?

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