32 - Never let me go
Eu não tinha muita certeza sobre onde estava. Eu não tinha
muita certeza sobre o que estava acontecendo. Mexi as mãos e minhas
articulações estalaram como se não tivessem sido movimentadas há tempos.
Respirei fundo e meus pulmões doeram tanto que eu fui obrigada a abrir os
olhos. E não entendi nada do que vi.
Estava deitada numa cama num quarto branco com amarelo que
eu não reconheci e uma agulha furava o meu braço e me alimentava com soro. Era
um hospital. Mas, por que eu estava ali? Quando fui puxar a tal agulha que
estava começando a machucar do meu braço, fui impedida por um par de mãos e só
então percebi que não estava sozinha no quarto.
- Isabella?
- Oi Ann. – Ela disse com um sorriso forçado no rosto. Olhei
em volta e com ela, estavam Ian, que pegou o celular e saiu do quarto assim que
me viu acordada, Mich, Chris, Connor, Amy e... Minha mãe. O que estava
acontecendo comigo?
- O que aconteceu? Por que eu estou aqui°
- Você sofreu um acidente de carro.
- Hã?
- Você e Josh estavam na minha casa, lembra? – Eu demorei,
mas consegui lembrar.
- Foi quando a Julie ia contar o sexo do bebê... Ela contou?
- Você não se lembra disso? – Fiz que não com a cabeça. – É
uma menina. Vai se chamar Alice Marie. E vai ser sua afilhada.
- O que aconteceu comigo para eu esquecer disso? – Vi Mich
se encolhendo no canto entre a minha mãe e Chris. Parecia que ela já tinha
ouvido aquela história milhares de vezes.
- Você estava saindo da minha casa com o Josh e estava
chovendo muito. Um carro bateu na traseira do carro de vocês e você ficou
quatro dias em coma e acabou de acordar. – Isabella disse e eu não lembro de
tê-la visto tão séria a minha vida toda. Se bem que eu não lembrava de muita
coisa...
- E por que está todo mundo aqui menos a Julie, o Keegan, o
Josh e o meu pai? Por que os meus pais vieram do Brasil para cá?
- A Julie está em casa, não é bom para ela ficar muito tempo
dentro de um hospital, mas Ian acabou de sair daqui para buscá-la. Logo, logo,
ela vai vir te ver. Keegan está lá fora com o Seth, seu pai está com o seu
irmão e a Amanda também está lá com o Joey. Seus pais vieram porque estavam
preocupados com você.
- Isabella... Você não falou do Josh. Cadê ele? Por que ele
não está aqui? – Eu estava extremamente confusa com tudo o que ela estava me
falando, mas mesmo assim, ela não tinha falado dele.
Nós sofremos um acidente de carro. Eu fiquei quatro dias em coma. Minha família e
a família dele estão aqui. E se...
- Ele está... ? – Eu não conseguia terminar a frase. Eu não
conseguia nem pensar naquilo sem começar a chorar.
- Fica calma, Anne.
- Isabella, me diz o que aconteceu com ele! – Aumentei o tom
de voz.
- Se você ficar nervosa, os médicos vão te colocar para
dormir outra vez. – Ela estava tentando desconversar. Decidi mudar o foco para
outra pessoa, mas a grande verdade é que ninguém parecia saber muito bem o que
fazer.
- Mich? – Ela olhou para mim, mas não conseguiu falar nada.
Meu Deus. Aconteceu alguma coisa muito séria com ele.
- Eu conto para ela. – Connor disse se aproximando. Ele se
sentou no lugar onde Isabella estava e segurou a minha mão do mesmo jeito que
ela tinha feito.
- Cadê ele, Connor? – Eu estava chorando.
- Ele está dois andares acima de nós, em outro setor do
hospital. E está em coma, do mesmo jeito que você estava.
- E por que ele não está num quarto feito o meu?
- Por que a situação dele é um pouco pior que a sua.
- Pior como?
- As máquinas do hospital estão o mantendo vivo. – Ele
disse.
- Mas... Eu não entendo! Como a situação dele pode ser tão
pior se nós dois estávamos juntos no carro ao mesmo tempo?
- Vocês dois estavam sem cinto, mas pelos machucados dos
dois, a perícia disse que ele tentou te salvar. Quando viu que um carro ia
bater em vocês, ele te empurrou contra o banco do passageiro e tentou te
segurar. Vocês sofreram a colisão e mesmo assim, você quebrou a perna direita e
bateu a cabeça a ponto de ficar quatro dias desacordada. – Será que ninguém
tinha percebido que eu não queria saber de mim?
- E ele?
- Eu acho que você tem muitas informações para processar por
enquanto. Você acabou de acordar, Anne. – Minha mãe disse.
- Eu quero saber o que aconteceu com ele. E se vocês não
contarem eu vou perguntar ao primeiro médico que entrar por essa porta.
- Ele foi arremessado para fora do carro. – Mich disse, falando
pela primeira vez.
- O que?
- Ele atravessou o vidro da frente do carro e caiu no capô.
Sofreu o mesmo trauma que você, só que mais forte. Ele só não morreu porque
chegou rápido no hospital e passou por várias cirurgias. – Ela falou de uma
vez. – O motorista do outro carro estava bêbado e dirigia a mais de 150 km/h. Ele não viu o
carro de vocês parado no sinal. – Eu não conseguia formular frase. Só consegui
chorar.
- É o suficiente, ela não precisa saber de mais nada por
hora. – Chris disse.
- Tem mais alguma coisa? – Connor e Isabella trocaram um
olhar rápido e eu só percebi porque eles dois estavam perto de mim.
- O motorista do outro carro morreu. – Isabella disse.
- Eu quero ver o Josh. – Disse tentando me levantar da cama.
- Você está muito fraca, não pode sair da cama. – Ela me
impediu.
- E ele está morrendo. E vou sair daqui nem que eu tenha que
esperar vocês irem embora. – Gritei.
- Se eu precisar dormir aqui, eu durmo. Mas você não pode
sair daqui e você não vai! – Ela gritou de volta me segurando pelos braços. De
todos ali, ela era a única pessoa parecida comigo o suficiente para me entender
e me impedir. Ela continuou me segurando até que nós começamos a chorar juntas
e ela me abraçou.
- Eu sabia que alguma coisa ia acontecer, eu sentia... Eu
não posso perder ele. Não posso. – Eu falei.
- Calma. – Isabella disse. – Você não vai perder ele. Ele
vai sair dessa. Vocês tem um casamento marcado, esqueceu?
- Eu preciso ver o Josh.
- Ninguém pode entrar onde ele está.
- Eu vejo pelo vidro.
- Você vai se o médico te liberar. – Ela falou.
Passei o resto do dia fazendo exames que, pelo visto, eles
tinham feito comigo todos os dias desde que cheguei. Além da minha perna
quebrada, de vários machucados pelo resto do corpo e de um corte na testa, eu
me sentia fisicamente bem. Mesmo assim, o médico responsável por mim não me
liberou para ver Josh, disse que eu precisava descansar porque no dia seguinte
eu ia ter que refazer todos os exames e uma ultra sonografia. E eu só dormi por
causa dos remédios.
Julie apareceu para me ver no horário de visitas da manhã
porque acordei tarde no dia anterior e eu tentei não fazer muito drama enquanto
ela estava por perto, não queria que ela se preocupasse comigo, podia fazer mal
para a Alice. Ian também sabia disso e não deixou que ela ficasse muito tempo
comigo.
- Tem uma pessoa lá fora que você vai gostar de ver. – Ela
disse antes de se despedir. – Ele vai entrar quando a gente sair. – Ela me deu
um beijo na testa. – Eu volto mais tarde, ok?
- Tudo bem. – Respondi.
Depois que eles saíram, eu tive que discordar mentalmente
dela. A única pessoa que eu ia gostar de ver hoje não podia estar esperando do
lado de fora.
- Posso entrar? – Eric perguntou abrindo a porta e olhando
dentro do quarto. Eu realmente não esperava por ele.
- Pode.
- Anne... – Ele me abraçou. Pelo menos com ele eu não
precisava esboçar um sorriso falso. – Como você está se sentindo?
- Péssima. Como você soube do acidente?
- Eu fiquei te devendo uma ligação da última vez que nós nos
vimos, lembra? – Assenti. – E quando eu te liguei, um policial atendeu e disse
que você estava sendo levada para um hospital porque tinha sofrido um acidente
de carro com o seu noivo. Eu fui a primeira pessoa a saber do seu acidente e,
ironicamente, era a pessoa que estava mais longe.
- Você veio de Nova York para me ver? – Ele fez que sim com
a cabeça.
- Peguei o último voo de ontem à noite quando me avisaram
que você tinha acordado.
- O que você ia falar quando me ligou?
- Que eu conheci uma pessoa. Que eu estava pronto para me
reaproximar de você como amigo, do jeito que o Josh sugeriu. – Eu comecei a
chorar quando Eric falou dele.
- Eu queria ter ficado mais feliz por você, de verdade. Você
sabe o quanto eu desejo a sua felicidade. Mas a minha está dois andares acima
de mim, respirando através de aparelhos e eu ainda não consegui vê-lo.
- Eu fui ver o Josh antes de vir aqui. Ele está melhorando,
Anne. Ele vai sair dessa, ele é forte. – Ele me abraçou outra vez. – Vocês vão
ficar bem, você vai ver.
Eu não sabia de onde eu ainda tirava forças para chorar, mas
era só isso que eu fazia desde que tinha acordado no dia seguinte. Eric ficou
mais um tempo comigo e depois Isabella entrou sozinha.
- Como você passou a noite? – Ela perguntou.
- Dopada.
- Você sabe que vai fazer todos aqueles exames de novo hoje,
não é?
- Sei.
- Os resultados dos exames de ontem disseram que você está
melhorando, Ann.
- Isso quer dizer que daqui a pouco os médicos vão me
liberar?
- Sim. – A ideia de ter que voltar para casa sem Josh me
dava calafrios.
- Como ele está? – Ela fez uma pausa e respirou fundo antes
de me responder.
- Do mesmo jeito que estava ontem.
- Será que vão me deixar vê-lo hoje?
- Acredito que sim. E pelo que eu te conheço, se não
deixarem, daqui a pouco você vai correndo lá para cima.
- Exatamente. – Ela estava desconfortável do jeito que
ficava sempre que tinha algo sério para contar. – Você tem alguma coisa para me
falar, não tem?
- Eu não te engano nem quando você está numa cama de
hospital, né?
- Não. Fala de uma vez. Nada pode ser pior do que o meu
noivo em coma.
- Eu acho que você vai mudar de ideia quando eu acabar...
- Isabella, você está me assustando.
- Não tem outro jeito de te falar isso. Quando você chegou
ao hospital depois do acidente, fizeram uma infinidade de exames em você e
descobriram uma coisa.
- O que foi? Eu estou com alguma doença mais séria?
- Não... Você estava grávida. – Não podia ser verdade. Não
podia.
- Hã? Como assim, grávida? E como assim, “estava”?
- Você perdeu um bebê por causa do acidente. – Ela segurou
as minhas mãos. Eu estava em choque, nem chorar conseguia.
- De quanto tempo eu estava grávida?
- Anne... Você não precisa se torturar mais.
- De quanto tempo, Isabella?
- Seis semanas. – Eu fiz as contas mentalmente... E comecei
a chorar de novo.
- Nós estávamos tentando oficialmente... Há duas semanas. Eu
já estava grávida quando nós começamos.
- Nós preferimos não te contar ontem porque você já tinha
muita coisa para assimilar de uma vez. É por isso que a Julie está se mantendo
mais afastada daqui.
- Eu preciso ver o Josh hoje. Por favor. – Eu não conseguia
pensar em mais nada.
- Eu vou falar com os médicos. Se eles deixarem, eu mesma te
levo lá em cima antes dos seus exames de hoje.
- Obrigada.
Ela saiu do quarto e eu não consegui não colocar as minhas
mãos sobre a minha barriga. Eu estava grávida. E perdi. Nós chegamos a alguns
passos de ter o bebê que nós dois tanto queríamos e um motorista bêbado tirou
isso da gente. Por quê?
Isabella entrou minutos depois com um enfermeiro e uma
cadeira de rodas. Eu ainda não conseguia andar direito por causa da perna
quebrada e de cadeira nós chegaríamos mais rápido.
- Vamos? – Ela perguntou. Eu assenti e o enfermeiro me
ajudou a sair da cama e ir para a cadeira. Eles me levaram direto para o
elevador e nós paramos num andar extremamente silencioso instantes depois.
Eu ia perguntar para que lado ficava o quarto dele, mas vi
Mich parada em frente a um vidro no final do corredor. Eles me levaram para lá
e me ajudaram a ficar de pé. Isabella me apoiou de um lado e Mich me apoiou de
outro e eu consegui olhar para dentro do quarto.
Quase não reconheci o meu Josh quando olhei. Tinha uma
infinidade de aparelhos ligados a vários pedaços do corpo dele. Ele também
tinha quebrada uma das pernas, estava de gesso. E tinha vários cortes e
machucados pelo corpo inteiro. Pela primeira vez em dois anos, eu não senti a
paz que sempre sentia quando o via dormindo.
Um filme passou pela minha cabeça enquanto eu estava ali.
Lembrei de quando nós dois nos conhecemos naquela entrevista e de como ele
chamou a minha atenção desde o primeiro momento. Os dias em Nova York, nossas
viagens para o Kentucky e para Londres. Quando eu me mudei e quando ele me
pediu em casamento. E
da música. Forever and Always.
No show que nós fomos em Londres, ele disse que aquela
música ia ser importante para nós dois e eu fiquei preocupada porque a letra
conta a história de uma mulher que recebe uma ligação e tem que sair correndo
para o hospital porque o seu noivo sofreu um acidente. Eles se casam ali mesmo
e ele diz que vai amá-la para sempre, mesmo que não estivesse ali. Josh me
disse para ignorar esse pedaço, mas como fazer isso agora que ele está correndo
risco de morte e eu estou despedaçada, por dentro e por fora?
Eu não percebi, mas tive uma crise de choro enquanto olhava
para ele e me levaram de volta para o meu quarto.
- Isabella... Eu quero o meu anel.
- Que anel?
- Meu anel de noivado. Ele estava no meu dedo na hora do
acidente.
- Está na minha bolsa lá fora. Vou buscar.
Quando ela voltou com o anel, o colocou na minha mão.
- Eu sabia que você ia pedir. – Eu coloquei o anel na minha
mão esquerda. E prometi que ele só ia sair dali de novo se fosse para a minha
aliança de casamento com Josh entrar no lugar.
- Eu preciso sair desse quarto. Eu preciso melhorar para
poder ficar perto dele.
- Falta pouco para isso. – Ela disse.
Os médicos chegaram um tempo depois e eu refiz todos os
exames do dia anterior e a tal ultra sonografia. Como eu estava no início da
gestação, não ia precisar de cirurgia para expelir o feto que estava dentro de
mim. O médico que me examinou disse que eu teria que esperar pelo menos um mês
para engravidar de novo e que o aborto não tinha prejudicado a minha
fertilidade de forma alguma. Pelo menos isso.
Dois dias depois, eu fui liberada e me levaram para casa. Foi
difícil entrar no meu quarto, mas tive que fazer isso. Tomei um banho rápido e
vesti roupas limpas. Eles me fizeram comer antes de voltar para o hospital e
quando eu estava terminando, Julie ligou para Connor.
- Ele foi transferido para o quarto. – Connor disse quando
desligou o telefone.
- Vamos logo. – Eu disse deixando o resto de comida no prato
e me levantando na velocidade que o gesso na minha perna direita deixava.
Quando chegamos, fomos direto para o quarto onde ele estava.
Josh ainda estava em coma, mas agora respirava sozinho. Nós só precisávamos
esperar que ele acordasse. Mesmo assim, foi bom demais poder me tocar nele
depois de tanto tempo.
- Que dia é hoje? – Perguntei para Julie quando estávamos
fora do quarto.
- 11 de outubro. Eu sabia que você ia se lembrar disso.
- Amanhã é aniversário dele. – Falei. – Eu acho que tinha
preparado alguma surpresa...
Eu tinha ficado com uns buracos na minha memória depois do
acidente. Os médicos falaram que era porque o trauma anda era muito recente,
mas que depois ia voltar ao normal.
- E eu tenho certeza que a surpresa não era passar o dia num
hospital. – Terminei a frase.
- Ninguém nunca planeja essas coisas, baby. Ele vai acordar
rapidinho, você vai ver.
- Anne! – Eric tinha chegado junto com uma moça. – Me
avisaram que você tinha sido liberada, eu vim correndo.
- Oi Eric. – Ele se abaixou para me abraçar porque eu estava
com a perna esticada.
- Essa é a Meredith. A pessoa que eu te falei.
- Oi Meredith. – A cumprimentei e ela também me deu um
abraço.
- Que bom que você já está melhor, Anne. – Ela disse.
Meredith parecia ser uma boa pessoa. E Eric estava visivelmente feliz.
- Como está o Josh? – Ele perguntou.
- Foi transferido para o quarto hoje. – Falei.
- Graças a Deus, ele está melhorando.
Eles dois ficaram conosco até o fim do horário de visitas,
quando ninguém mais podia ficar por ali. Fui para casa e passei a noite em
claro, sozinha na cama. Levantei cedo e encontrei Connor também acordado,
fingindo estar prestando atenção na TV. Quando ele olhou para mim, eu já sabia
o que nós íamos fazer a seguir.
Deixamos todos dormindo em casa e fomos direto para o
hospital em silêncio. O
primeiro horário de visitas era só às dez da manhã, mas como eu tinha ficado
internada ali e Connor tinha ficado pelos corredores o tempo todo, deixaram que
nós dois entrássemos para ver Josh antes do tempo. Tínhamos que ir sozinhos e
só podíamos ficar no máximo, cinco minutos, mas nós fomos assim mesmo.
Connor foi na frente, e os cinco minutos que ele passou lá
dentro foram como uma eternidade para mim. Ele saiu lá de dentro com lágrimas
nos olhos e eu entrei logo em seguida.
Era a primeira vez que eu ficava sozinha com ele desde o
acidente e eu não sabia exatamente o que fazer. Não ia conseguir ficar de pé,
então sentei na beirada da cama e segurei a mão dele.
- E aí, Josh? Sonhando com o que? – Comecei a falar com ele.
– Hoje é seu aniversário, sabia? Eu vim te dar parabéns. Está cedo assim porque
eu não dormi a noite toda, aquela cama fica muito grande sem você do meu lado.
Aconteceram algumas coisas desde o momento em que você apagou, sabe? Eu também
fiquei assim, que nem você, por quatro dias. Seu carro está quase acabado,
desculpa. E eu estava grávida de seis semanas. Pois é, eu já estava grávida
quando nós dois começamos a tentar de verdade. É, eu sei, também fiquei
arrasada. Mais ainda porque eu recebi muitos abraços, mas eu só queria o seu.
Você está me fazendo uma falta tão grande! Eu sabia que o meu medo de te perder
não era sem sentido, eu te disse. Eu te proíbo de não melhorar, Joshua Ryan.
Não se atreva a me abandonar. Eu vou ficar completamente perdida sem você. E
loucamente desapontada se não conseguir usar todos os meus vestidos de noiva,
ok? – Eu estava chorando muito, mas não tinha muito tempo, logo iam aparecer
para me tirar dali. – Ah, recuperaram o
meu anel de noivado, eu ainda estou usando ele. Falando em noivado, você não
precisava ter levado a nossa música tão a sério, ok? Eu já sei que você vai me
amar para sempre, eu também vou. Mas a nossa música também diz que nós vamos
envelhecer juntos e fala dos filhos que nós vamos ter. Então trate de acordar
logo para viver isso tudo comigo. – Eu me aproximei dele e as minhas lágrimas
molharam o rosto dele. – Eu amo você, Josh. Não me abandona, por favor. –
Encostei meus lábios nos dele e me sentei de novo. – Eu tenho que ir lá para...
– Eu tinha começado a me despedir, mas parei quando senti uma coisa na minha
mão. Quando olhei para baixo, vi os dedos dele lentamente envolvendo a minha
mão e chorei mais ainda. Levantei o olhar e aqueles olhos castanho esverdeados
que me fizeram tanta falta estavam olhando de volta para mim.
- Annie...
- Shh... Não fala nada, não faz esforço. – Falei para ele e
eu não sabia se ria ou se chorava. – Você acordou.
- Eu não vou te abandonar. – Ele falou baixo e devagar.
- Nem eu. Nunca. Forever
and Always.
Nunca chorei tanto escrevendo um capítulo feito esse, pessoas.
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Vak
ResponderExcluirAAAAAAAAAAAAAH! SOPHIAAAA SE FOI, MAS EU SEI QUE ELA VAI VOLTAR, NÉ ARIEL?
ResponderExcluirCOM O ROSTO INCHADO DE TANTO CHORAR.
VOCÊ NUNCA MAIS (MAS É NUNCA MESMO!) SONHE EM FAZER ISSO DE NOVO!
É IMPOSSÍVEL COLOCAR O QUE EU ESTOU SENTINDO EM PALAVRAS, VOCÊ CONSEGUE FAZER QUALQUER UM CHORAR!
EU PRECISO DO CAP 33 PRA ONTEEEEEEEEEEM! EU VOU TE ENCHER TANTO QUE VOCÊ VAI TER A CADA SEGUNDO UM TWEET MEU PRA VOCÊ!
BEEEEEEEEEIJOS!
veei do ceu , nao faz isso , to passando mal de tanto chorar , pqp !
ResponderExcluirEu não vou fazer mais, eu juro!
ResponderExcluirÉ BOM MESMO!
ResponderExcluirPtm... Eu ainda não tinha escutado a música Forever and Always e pus pra escutar enquanto lia. NUNCA MAIS FAÇA ISSO ARIEL!
ResponderExcluirVocê sabe que eu sonho depois :D
vak
ResponderExcluirEstou besta até agora...
ResponderExcluirComo vc consegue fazer coisas assim com as pessoas Ariel? Como é isso?
Laura, Erika, Izabela e Natalia, eu já entendi que vocês querem me matar, HAHAHAHA
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