13 - Showers and stuff
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segunda temporada
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Postado por
Ariel Cristina Borges
às
segunda-feira, outubro 22, 2012
Eu ainda não sei o que fazer. Não sei se devo contar ao Josh
que nós brigamos e eu nem sei o motivo real ou se eu ligo para o Eric e faço
ele me dizer o que contou ao Josh e tento descobrir por mim mesmo se ele estava
falando a verdade. Sinceramente, eu nem sei o que pode ter deixado o Josh tão
bravo a ponto de me machucar do jeito que me machucou. Tudo bem, ele nem lembra
do que fez e provavelmente, fez porque estava bêbado. Ele nunca tinha sido mais
bruto comigo nem em
brincadeiras. Ele nunca levantaria a mão para mim, nunca.
Tudo isso foi girando na minha cabeça enquanto eu fingia que
estava dormindo na viagem de carro de Belo Horizonte até Caxambu, a cidade da
Isabella. Os pais dela tinham alugado uma van – sim, uma van – para levar nós
seis e todas as malas do aeroporto até o hotel no centro da cidade dela. De lá,
nós íamos alugar um carro que nem fizemos no Rio para passar a semana.
De tanto fingir, acabou que eu dormi de verdade e quando
acordei, já tínhamos chegado ao Palace Hotel, no centro de Caxambu. Eu ainda
estava meio transtornada com o que as meninas tinham me contado, e já tinha
visto que Josh tinha percebido que havia algo errado comigo. Quando entramos no
nosso quarto, eu me sentei na cama antes de fazer qualquer coisa. Eu sabia que
ele ia perguntar.
- O que está acontecendo com você, Anne? – Seu tom de voz
era sério. – Você está me evitando desde o aeroporto.
- Eu não estou te evitando.
- E você acha mesmo que eu não percebi que você passou
metade da viagem de carro fingindo que estava dormindo do meu lado? – Ele me
conhecia feito a palma da mão, fazer o que? Só de relembrar a história na minha
cabeça para contar a ele, meus olhos se encheram d’água. – Anne... – Ele se
sentou ao meu lado, a seriedade na voz passando para preocupação. – O que foi?
Me conta. – Ele me abraçou e eu só consegui chorar.
- Desculpa. – Eu me afastei respirando fundo e tentando me
acalmar. – Eu... Eu descobri quem fez isso na sua mão.
- Como assim, quem fez? Explica isso direito.
- Fui eu. Com as minhas unhas.
- O que? Por que você... Espera. – Ele se levantou e olhou
do meu braço para os meus olhos algumas vezes. – Se você fez isso com a minha
mão, quer dizer que... Que fui eu quem te machucou assim? – Assenti. Ele ficou
transtornado, sem saber o que dizer ou o que fazer. – Anne, desculpa. Eu... eu
não acredito que eu fui capaz de fazer isso com você. Eu nunca me odiei tanto
na minha vida. – Ele estava quase chorando. – Por quê? Por que eu fiz isso com
você? – Ele se perguntava enquanto andava de um lado para o outro no quarto. Eu
não sabia se ficava sentada ou se me levantava e tentava fazer com que ele se
acalmasse antes de continuar a falar. Continuei onde estava.
- As meninas disseram que nós dois brigamos sério quando
voltamos para o hotel depois da boate.
- Por quê?
- Eu fui ao banheiro, meu celular tocou, era o Eric, você
atendeu e ele te falou alguma coisa que fez você beber mais do que o normal.
Nós voltamos para o hotel mais que bêbados, e enquanto nós brigávamos, as
meninas disseram que você não parava de perguntar “por que eu não tinha te
contado antes” e eu só sabia dizer “que ele estava mentindo”. – Falei de uma vez.
Ele se sentou ao meu lado, mas quando tentou me tocar, desistiu no meio do
caminho e puxou a mão de volta.
- Anne... Você tem alguma coisa pra me contar? – Eu queria
dizer que tinha, mas eu não tinha a mínima noção de como seria a reação ele se
descobrisse do meu noivado agora. E eu nunca tinha visto o Josh transtornado
daquele jeito, não ia piorar a situação.
- Não. Eu não consigo lembrar o que ele te disse. Só fica
martelando na minha cabeça eu te falando que ele está mentindo. Quer dizer, só
o fato de eu ter te dito isso, já que nem disso eu lembro pelas minhas próprias
memórias. – Em dia normal, depois disso ele me abraçaria, mas ele ficou imóvel.
Um calafrio percorreu a minha espinha. Ele não podia fazer disso um hábito.
- Me empresta o seu celular. Eu vou ligar pra ele e a gente
descobre o que foi que ele disse.
- Não. Eu não sei o que foi, mas o que ele te disse fez a
gente brigar como nunca. Eu não quero que isso aconteça de novo, e pela
primeira vez, gosto do fato de nós estarmos tão bêbados que não lembramos
disso. – Eu não sabia se tocava nele enquanto dizia isso e o clima entre nós
dois ficava cada vez mais estranho. Mas ele não parecia convencido. Eu percebi
pelo seu olhar que ele ainda queria falar com o Eric. Eu não ia deixar isso
acontecer. Não aqui no Brasil. Nós viemos para cá nos divertir, em algum
momento o drama constante nas nossas vidas tinha que dar uma pausa. – Vamos resolver
isso quando nós voltarmos para casa, por favor. Eu não quero lidar com o Eric aqui.
Eu e as meninas esperamos tanto pra voltar ao Brasil e estamos tão felizes por
vocês terem vindo conosco. Não vai ser justo estragar tudo por causa dele.
- Ok, Ann. – Ele continuou imóvel, sentado ao meu lado. –
Eu... Eu vou tomar um banho. – Ele se levantou e ficou visivelmente desconfortável.
Me deu um beijo na testa sem encostar anda além dos lábios em mim e foi para o
banheiro. Ouvi o chuveiro sendo ligado quase que imediatamente.
Eu me senti péssima. Josh nunca tinha ficado tão distante. Ele
está se punindo por ter me machucado, mas eu realmente não liguei. Tenho
certeza que ele não fez por mal, estávamos bêbados e ele não mediu a força. De
repente, ele até tinha motivos para uma raiva tão grande a ponto de me
machucar.
Continuei sentada na cama, pensando no que tinha acabado de
acontecer, quando ouvi um soluço mais alto vindo do banheiro. Ele sufocou o som
assim que o fez, e isso chamou a minha atenção. Me aproximei da porta
silenciosamente. Pude ouvir outros soluços abafados do lado de dentro e não me
contive em passar a mão na maçaneta e abri-la, agradecendo aos céus por nós
dois termos o costume de não trancar portas.
Josh não tinha ido tomar banho. O chuveiro ligado era para
me distrair, quando ele estava sentado no chão do banheiro. Chorando. Quando me
viu, ele escondeu o rosto. Desliguei o chuveiro. Fui na direção dele e fiz com
que ele me abraçasse, mesmo que ele não tivesse muita vontade. E claro, comecei
a chorar junto instantaneamente.
- Josh, não fica assim, por favor. – Falei alguns instantes
depois de ter chegado ali.
- Eu não devia ter te machucado assim, Anne. Por mais bêbado
que eu estivesse. Por mais motivos que eu tivesse. Eu não devia! – Eu tentei enxugar
suas lágrimas, mas ele chorava compulsivamente, eu nunca havia o visto daquele
jeito. – Eu nunca vou me perdoar pelo o que eu fiz com você. Nunca
- Mas eu te perdoo, ok? Eu tenho certeza absoluta que você não
fez por querer. Você nunca me machucaria de propósito.
- Não, isso nunca passou pela minha cabeça. Eu te amo tanto.
Nunca imaginei que um dia fosse fazer isso com você. – E para que enxugar as lágrimas
dele quando as minhas caiam na mesma velocidade?
- Eu amo você. Você sabe disso. Sabe que eu não consigo mais
me imaginar sem você. O que aconteceu já passou. Foi só um machucado, vai
sarar. E você nunca fez antes, não vai fazer de novo. Eu não fiquei brava com
você em momento algum. – Me afastei para olhá-lo nos olhos. – Mas eu vou ficar
se você não parar com isso de não me tocar. Me abraça direito, vai? – Ele me
envolveu em seus braços com a vontade normal.
- Desculpa. Eu fiquei apavorado. – Ele quase parou de
chorar. Se afastou para me olhar da mesma forma que eu tinha feito antes. – Você
é a mulher que eu mais amo nesse mundo. A dor que eu senti quando descobri que
te machuquei foi como se esse machucado estivesse em mim. Porque você é uma parte de mim, Ann. Eu também
não me imagino sem você. E eu fiquei com receio de te machucar outra vez.
- Me tocando? – Ele assentiu. – Bota uma coisa na sua
cabeça, Joshua. Eu preciso de você. Não tem possibilidade de eu viver num mundo
em que nós convivamos e você não me toque. Eu acho que só me senti pior do que
agora, quando percebi que você preferiu não encostar em mim quando nós passamos
sete meses separados. Nós somos parte um do outro. Nunca mais
pense em não me tocar, ok? – Ele sorriu e eu sorri junto. Nós paramos de chorar
e ele me deu um beijo.
Ficamos ali abraçados por mais um tempo, por mais estranho
que ficar no chão de um banheiro de hotel parecesse. Só me levantei quando meu
celular tocou e eu tive que ir atender, mas Josh veio atrás de mim. Confesso
que senti um medo em relação à pessoa que estava me ligando e vi isso refletido
nos olhos do Josh. Respirei aliviada quando vi o nome na tela.
- É a Isa. – Falei e Josh pareceu tão aliviado quanto eu. –
Oi baby. – Falei tentando disfarçar a voz de choro.
- Ann, o que houve,
porque essa voz? – E, logicamente, não consegui.
- Já passou. Depois eu te explico.
- Tudo bem, então. Só
liguei para avisar que nós vamos sair em quarenta minutos para almoçar na casa
dos meus pais. Eu já pedi um carro na recepção. – Ela disse sem esconder a
animação na voz falando da casa dos pais.
- Ok, eu e Josh vamos nos arrumar.
- Até mais, baby.
- Nós temos quarenta minutos para ficar prontos. Vamos para
a casa da Isa. – Ele me puxou para perto e me abraçou.
- Obrigado por não ter pirado com o que eu fiz. Obrigado por
me perdoar. – Ele disse com o tom de voz normal. – Toda vez que você prova ser a
mulher que eu escolhi pra dividir o resto da minha vida, eu tenho vontade de
adiantar meus planos.
- Que planos?
- Surpresa. Mas não se preocupe, nem fique ansiosa. Ainda
vai demorar um pouco... Eu tenho tudo em mente.
- Dizer isso para uma pessoa curiosa que nem eu é quase
tortura, amor.
- Você vai ver que vai valer a pena esperar. – E me deu um
beijo.
- Acho que nós precisamos de um banho.
- Acho que você devia vir junto para se certificar que eu
vou entrar no chuveiro dessa vez.
- Acho que essa é uma ótima ideia. – Nós rimos e fomos tomar
banho.
Conseguimos nos arrumar dentro do tempo, por milagre dos
céus, não nos atrasamos. Quando descemos, Isabella e Keegan já estavam esperando
no lobby.
- Cadê Julie e Ian? – Perguntei.
- Ainda não desceram. – Nós ficamos conversando por mais uns
quinze minutos antes de eles dois aparecerem correndo pelas escadas do hotel,
com as bochechas rosadas. Rosadas demais para serem só por causa da corrida...
- Nós achamos que íamos ter que chamar os bombeiros. –
Keegan disse.
- Desculpa. Nós... cochilamos. E perdemos a hora. – Julie disse.
- Ok, eu conheço esse cochilo. – Falei e o rosa das
bochechas deles dois passou para um vermelho vibrante.
- Vamos logo, estou morrendo de fome. – Isabella disse.
- Seu namorado está te influenciando muito, viu? Isso de estar morrendo de fome é cosia dele. –
Josh disse. E fez questão de não largar a minha mão nem um segundo desde o
momento em que saímos do quarto.
- Eu acho que é saudade da comida da minha mãe. – Isabella respondeu.
Ela tinha alugado um carro igual ao que nós usamos no Rio, só
que esse era preto. Dessa vez, eu e Josh passamos para um dos bancos de trás e
Isabella foi dirigindo com Keegan no carona. O meu namorado fez questão de ir
abraçado comigo durante toda a viagem. E eu estava com um sorriso interno maior
que o mundo; ele me amava. Aquilo tudo foi porque ele me machucou. Eu também o amava. Tanto amor que até doía, não cabia
no peito. E não tinha Eric que pudesse mudar o que eu sentia. Nem o que o dono
dos braços que me envolviam sentia. E saber disso foi suficiente para garantir
a minha tranquilidade. Pelo menos enquanto estávamos no Brasil
Eu sei que eu ia postar antes, mas passei o fim de semana fora, sorry!
Tem muito spoiler do futuro da fic subliminar nesse capítulo, just saying.
Espero que vocês gostem, e até o próximo!
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Chorei em pensar no Josh soluçando... Basta o The Forget! Que dó! Amei, parabens! Viva os spoilers desse cap haha.. Bj Erika
ResponderExcluirCAXAMBU ESTÁ NA BOCA DO MUNDO! OMG OMG
ResponderExcluirah que vontade de falar mais do que posso! haha enfim, nem preciso falar né?? não é segredo que amo um drama! haha mara twin <3
Hungry??!!
ResponderExcluirSurpresa?!!
"Pelo menos enquanto estávamos no Brasil"
Nossa senhora da mensagem subliminar, dá-me entendimento!
Chorei imaginando o Josh chorar. Beijos!
Socorro, Joshua crying... é triste imaginar isso .-.
ResponderExcluirSpoilersssssss õ/
Que venha o próximo!