05 - I will be your guardian, when all is crumbling, I'll steady your hand
- “O vôo 9564 de Nova York com destino a Los Angeles acaba
de aterrissar no LAX.” – Anunciaram no aeroporto.
- É esse? – Josh perguntou ao meu lado e logo depois o meu
celular recebeu um sms. “Estamos
desembarcando. Amy.”
- Sim. Amy acabou
de me mandar um sms.
- Eu estou com tanta saudade deles dois! – Josh disse
animado.
- Eu também.
- Estamos no portão certo? – Ele perguntou.
- Não s... É sim, o portão certo. – Tinha começado a falar
que não sabia, mas Connor e Amy apareceram naquele portão, respondendo a
pergunta de Josh. Apontei para eles dois e quando nos viram, os dois sorriram
ao mesmo tempo.
- Connor! – Josh disse quando eles se aproximaram e foi
abraçar o irmão enquanto eu ia falar com Amy.
- Oi Amy!
- Ann, quanto tempo! – Ela me deu um abraço e logo depois
fui falar com Connor.
- Cunhada! – Ele me deu um abraço daqueles que me levantou
do chão.
- Oi cunhado! Que saudade!
- E aí, como foi a viagem? – Josh perguntou a eles dois
depois que o momento de cumprimentos e abraços acabou.
- Foi super tranquila.
- E Nova York, como está? – Perguntei.
- Linda, como sempre. – Amy respondeu.
- Eu nunca achei que fosse sentir tanta falta de lá. – Eu
disse.
- Mentira, você sente falta mesmo de cantar New York State of Mind da Barbra
Streisand no karaokê. – Connor brincou.
- Também! – Eu ri.
- Que horas chega o vôo da mãe e do pai? – Connor perguntou.
- Eles não vêm mais agora... O vôo deles foi cancelado e
eles vão pegar um que vai sair do Kentucky às dez da noite, vão direto para o
hotel. – Josh respondeu.
- Puxa, eu achei que nós fôssemos encontrar com eles hoje...
– Amy disse.
- Pelo menos nós vamos poder conversar sobre a ideia que eu
tive sem problemas... – Connor continuou.
- Que ideia? – Perguntei.
- Ah, não dá para explicar aqui. Eu aprendi que não se fala
de segredos num lugar público com o Josh. Nem com você, cunhadinha. Ainda mais em Los Angeles. Tem
fã e paparazzi por todo canto aqui! – Connor disse e era verdade. Enquanto
esperávamos por eles dois, Josh tirou foto com umas oito fãs. Uma pediu até
para que eu aparecesse na foto, achei fofa.
- Tudo bem, então. Vamos buscar as malas de vocês. Hoje o
almoço é lá em casa. – Eu disse.
Estávamos no carro quando Connor começou a falar da ideia dele. Mais uma festa para
planejar...
- Ano que vem, nossos pais fazem trinta anos de casados. E
eu pensei em organizar uma festa surpresa para eles dois, lá no Kentucky.
- É uma ótima ideia, eles vão adorar. – Josh disse. – Mas
nós dois vamos conseguir organizar uma festa sozinhos? – Ele perguntou olhando
para Connor no banco de trás pelo retrovisor enquanto dirigia.
- É aí que as nossas digníssimas
namoradas entram. – Ele disse e Josh olhou para mim.
- Desse pedaço nem eu sabia... – Amy disse.
- A gente entra no pedaço da organização da festa, é isso? –
Perguntei.
- Exatamente. Mas só se vocês toparem.
- Por favor, me diz que o aniversário de casamento deles é
depois de janeiro... – Falei.
- É em abril. – Josh disse.
- Perfeito. Eu topo, com certeza. Seus pais merecem o
esforço.
- Eu estou com a Anne. – Amy disse. – Mas fiquei curiosa
para saber o que tem em janeiro...
- O casamento da Julie e do Ian. – Respondi.
- E o aniversário dela.
- Anne, você trabalha como organizadora de festas nas horas
vagas e eu não sabia? – Connor brincou.
- É quase isso, cunhado. – Respondi. – Você tem noção de
como quer a festa?
- Olha o lado “dona de buffet” dela representando! – Josh
brincou.
- Você não vai levar um tapa avulso porque está dirigindo,
Joshua. – Eu disse rindo. – Mas é sério, eu tive uma ideia aqui, mas preciso
saber pelo menos do tamanho da festa. Vai ser em casa, num salão ou o quê?
- Eu tinha pensado num salão. Aquele das nossas festas de
16, Josh. – Connor disse.
- É um bom salão...
- Tem palco nesse salão?
- Nada que não dê para providenciar... Por quê? – Connor
perguntou.
- O que vocês acham de contratar uma banda dessas de festas?
– Perguntei.
- É uma boa, não vamos precisar de DJ...
- E se essa banda só tocasse músicas da época em que os seus
pais casaram? Tipo, anos 80, 90... – Amy disse.
- Josh, nós acertamos na escolha. Elas são incríveis! –
Connor brincou.
- Meu pai vai adorar isso de música da época dele! – Josh
disse.
- AH, vocês tem o vídeo da festa de casamento deles? Qual
foi a música que eles dançaram? – Falei.
- Acho que a gente vai voltar para Nova York com essa festa
montada... – Connor disse.
- Somos eficientes, ponto. – Amy disse.
- E eu acho que a música que eles dançaram foi Eternal Flame. – Josh disse.
- É uma das minhas preferidas... – Falei.
- Eu sei. – Ele respondeu e sorriu para mim.
- Awn, quanto amor. – Connor disse.
- Shhhh! – Amy brigou com ele.
- Meu Deus, Connor e Keegan juntos no mesmo lugar... Não vai
dar certo.
- Vamos ver isso agora. Chegamos. – Josh disse.
Ele estacionou o carro na calçada em frente ao meu prédio e
quando nós descemos, encontramos alguns fotógrafos amigos na porta. Já tinha virado normal.
- Até aqui, Anne? – Connor perguntou.
- Eles descobriram onde eu e as meninas moramos há pouco
tempo... Mas nós já estamos acostumadas, nem ligamos mais. – Respondi.
- Anne, é verdade que você está grávida? – Um deles
perguntou.
- Não, eu tive o bebê semana passada. – Odiava quando eles
perguntavam disso.
- Josh, quando você vai fazer outro filme?
- Vocês vão para o Brasil nas férias?
Josh e Connor ajudaram eu e Amy a passar por eles e entraram
em seguida. Josh
sabia por que eu não gostava desse tipo de pergunta e me abraçou quando
entramos no elevador. Connor e Amy entenderam e ficaram calados.
- Como é que eles descobriram da nossa viagem de férias? –
Perguntei tentando mudar o assunto.
- Não sei, mas é provável que a essa altura, os paparazzi do
Brasil já saibam.
- A gente dá um jeito de driblar os brasileiros. – Eu disse
rindo.
- Vocês vão para o Brasil? – Connor perguntou.
- Em dez dias. Josh vai conhecer os sogros. – Respondi.
- Não vale ficar nervoso que nem ela, hein, Josh? – Amy
brincou quando nós saímos do elevador.
- Claro que precisa! Metade dos homens da família da Anne é
militar e a outra metade é grande. Ainda tem uma história de “direitos humanos”
que o pai dela tem e eu ainda não entendi direito...
- Você só vai precisar do “direitos humanos” se se comportar
mal. – Disse enquanto abria a porta e eles entravam.
- E o que é isso? – Amy perguntou baixinho depois que os
meninos se afastaram.
- Um bastão maior que um bastão de baseball.
- Tomara que ele não precise.
- Tomara mesmo. – Respondi rindo. Meu pai devia ter usado
aquilo no meu namorado do ensino médio e não usou. Não vou deixar usar no Josh.
Nós almoçamos e um tempinho depois ligamos o karaokê de
Isabella. Cantamos músicas aleatórias a tarde toda. Estávamos terminantemente
proibidos de fazer duetos com nossos respectivos namorados. Eu e Amy fizemos um
dueto de New York State of Mind, eu
realmente estava com saudades. Josh e Isabella colocaram a gente para dançar
com “Don’t you want me baby, don’t you
want me, oooooooh”. Julie cantou We
Are Never Ever Getting Back Together e fez a interpretação da música com
Keegan. Ian e Connor cantaram She’s
Killing Me comigo e com a Isa. Não é o tipo de música que se canta para a
namorada. Ou para a noiva, no caso do Ian. Eu chorei quando Josh cantou “I will be your guardian, when all is
crumbling, I’ll steady your hand” de Never
Say Never do The Fray olhando para mim e brigaram com ele porque o
combinado era nada de romantismo. Foi engraçado.
Não saímos muito tarde lá de casa porque Connor e Amy
estavam cansados. Eu fui com eles para a casa do Josh porque no dia seguinte de
manhã a minha surpresa chegaria ao meu apartamento e Josh tinha que ficar o
mais distante possível dele. Quando
chegamos na casa dele, Connor e Amy foram dormir no quarto de hóspedes e nós
dois assistimos filmes a noite toda e em um pouco da madrugada. Acordamos com a
campainha no dia seguinte.
- Que horas tem? – Perguntei, ainda meio dormindo.
- Quase nove. – Josh respondeu. Tocaram a campainha de novo.
- Acho que alguém tem que ir abrir, senão não vão parar de
tocar.
- Estou com preguiça.
- Vamos, eu vou com você. – Falei.
- Só vou se você me der um beijo de bom dia. – Eu ri e dei
um beijo nele.
- Bom dia, meu Josh.
- Bom dia, minha Anne. – Nos levantamos e quando saímos do
quarto, demos de cara com Connor e Amy quase sonâmbulos indo fazer o mesmo que
nós: abrir a porta.
- Quem é a alma sem luz que toca a campainha a essa hora da
madrugada? – Connor perguntou.
- Connor, são quase nove da manhã. Não é madrugada. – Falei.
- Qualquer hora é madrugada quando eu estou dormindo e a
campainha toca, Ann.
- Faz sentido... – Josh demorou um pouco para achar as
chaves e quando abriu a porta, nós quatro, com roupas de dormir e caras
amassadas recepcionamos Chris, Michelle, Amanda e Joey.
- Bom dia! – Mich disse animada. – Acordamos vocês?
- Não mãe, vocês não acordaram a gente. – Connor disse.
- Mentir é feio, Connor Mason! – Ela brincou antes de dar um
abraço nele. Quando me viu, Joey literalmente correu para me abraçar. Eu quase
caí, ainda estava com muito sono. E ele tinha crescido desde a última vez que o
vi... É claro, já tem mais de um ano.
- Anne, você está aqui! – Ele disse.
- Sim, sim, meu amor. Estou. – O abracei de volta.
- Você não estava da última vez que eu vim... – Olhei para o
Josh. Deve ter sido na época que nós estávamos separados. Me abaixei para ficar
na altura dele.
- Ah, eu não pude vir naquele dia... Mas hoje estou aqui e
não vou embora, serve?
- Serve! – Ele me abraçou pelo pescoço.
- Joey, meu filho, deixa a Anne levantar, deixa. – Amanda
falou e ele obedeceu, mas foi correndo pular nas costas do Connor assim que me
largou.
- Eu ainda fico pasma com vocês dois. – Amanda disse quando
veio me cumprimentar – Tudo bem com você, Anne?
- Sim, sim, e você? Espera... Eu não sabia que vocês vinham!
- Ninguém sabia. Eu e Joey viemos de surpresa.
- Eu adorei a surpresa, tia. – Josh disse abraçando Amanda
pelo ombro. Era tão estranho vê-lo a chamando de tia...
- Vocês quatro foram dormir tarde? Parece que ainda estão
com a cama nas costas. – Chris disse.
- Nós acabamos de sair da cama. – Amy disse.
- Eu acho que ainda estou dormindo. – Connor falou.
- Meu cérebro ainda não está no estado normal. – Falei.
- Hã? – Josh disse e todos nós rimos.
- Eu acho melhor vocês entrarem enquanto nós acabamos de
acordar... – Falei.
- Liga a TV pro Joey na sala, tia. A gente já volta.
Eu, Josh, Connor e Amy voltamos para os quartos para lavar o
rosto e trocar de roupa.
- MEU DEUS. Olha pra mim! Eu estou um trapo e seus pais me
viram assim! Olha o meu cabelo. AAH! – Meu cabelo estava de um jeito que não
dava nem para descrever.
- Você está linda. – Josh disse atrás de mim, me olhando
pelo espelho.
- E você é ator! – Eu ri. Ele me colocou de frente para ele.
- Ok, seu cabelo está bagunçado. E daí? Você acha mesmo que
a minha mãe acorda penteada, maquiada e em cima do salto? E ainda tem mais. –
Ele se aproximou. – Fui eu quem te deixou descabelada.
- Foi mesmo. – Ele me deu um beijo. - Vai se trocar, vai,
seus pais estão na sala, a gente não pode demorar... E eu tenho que dar um
jeito na bagunça que você deixou no meu cabelo.
- Ok... Mas você continua linda.
- Obrigada. – Ele me deu outro beijo e foi se trocar. Me
olhei no espelho outra vez e a única opção aceitável em que consegui pensa foi
fazer uma trança. Fiz uma embutida e lado e deixei a franja porque era a mais
rápida. Lavei o rosto, passei base e corretivo e voltei para o quarto para
achar uma roupa para trocar.
- WOW. Te vi saindo do banheiro agora e tive um insight. Um
arco e flecha e você seria um cosplay de Katniss Everdeen. – Josh disse.
- Katniss acordando na casa da Costura, né? – Nós rimos.
- Tem tanto tempo que eu não falo com a Jenn... Acho que estou
com saudades.
- Ah, ela deve te ligar amanhã...
- Não sei, ela está gravando com o Nicholas em Londres...
- E você acha que ela não vai ter tempo de fazer uma
ligação? – Eu perguntei enquanto trocava de short.
- Não sei, ela fica meio focada quando trabalha.
- Mas ela é sua amiga, é claro que ela vai ligar. – Eu falei
enquanto trocava a blusa e ia na direção dele. Lhe dei um beijo rápido. – Agora
vamos voltar pra sala antes que o Connor faça uma piadinha indesejada na frente
dos seus pais.
Voltamos para a sala e encontramos a mesa do café da manhã
posta. Mich e Amanda, dois anjos. Connor e Amy já estavam lá e claro, Connor
fez a piadinha que eu temia perto de mim e Josh.
- Eu achei que você demorasse mais, mano...
- A gente tem que se adequar às circunstâncias, mano. – Josh
respondeu e eu ri.
Eles passaram o dia conosco e eu evitei ligar para o
apartamento perto de Josh para ele não desconfiar de nada. No meio da tarde,
Isabella me mandou um dizendo que ela já estava lá. Tudo ia dar certo se o Josh
não inventasse de passar na minha casa antes do jantar de amanhã.
Passei umas duas horas brincando com o Joey e o Driver no
quintal. Juro que tentei fazer com que só o menino e o cachorro corressem, mas
o Joey não me deixava ficar quieta. Eu estava com saudades do menino, confesso.
Mas a nossa brincadeira foi boa num sentido: Ele cansou e depois que tomou um
banho, dormiu a noite toda. Eu queria ter ido dormir que nem ele, mas não tinha
mais seis anos de idade... Sem dizer que uma pessoa ali tinha que ganhar o bolo
da meia noite.
- Tem uma mini torta na geladeira. – Amanda disse, longe do
Josh.
- Uns minutinhos antes, eu vou levantar falando que vou
beber água e pego a torta. – Falei. E foi isso que fiz. Ele só percebeu o que
estava acontecendo quando a Amy apagou as luzes da sala e eu apareci com uma
mini torta com duas velas formando um “26”
acesas.
Depois que a família deu os parabéns, chegou a minha vez.
Ele me deu um beijo e um abraço.
- Tem dedo seu nesse bolo da meia noite, não é?
- Claro que tem. – Eu ri. – Feliz aniversário, baby. Eu
desejo tudo de melhor para você, você sabe disso. Tanto na vida pessoal como na
profissional. Um dia, eu ainda vou te ver ganhando um Oscar. E vou estar do seu
lado, não importa o que aconteça, para sempre.
- Obrigado. – Me aproximei do ouvido dele.
- Eu amo você. E essa foi a primeira vez. Conte as próximas.
– Ele não entendeu muito no início, mas uns minutos depois, ele recebeu um sms.
“Eu te amo. Segunda vez ;)”
“Você vai falar isso quantas vezes?”
“Conte. Se você acertar, amanhã a noite ganha um prêmio.”
Links das músicas:
Never Say Never: http://letras.mus.br/the-fray/1413384/
New York State of Mind:
Don't You Want Me, The Human League
We Are Vever Ever Getting Back Together
She's Killing Me, A Rocket to the Moon
No próximo capítulo, vocês descobrem a surpresa...
E será que o Josh vai ganhar o prêmio? HEHE
PS: Isso dos "Direitos Humanos" é verídico. Meu pai tem um bastão DE VERDADE.
PS: Isso dos "Direitos Humanos" é verídico. Meu pai tem um bastão DE VERDADE.
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AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH LINDOSSSSSSSSS DEMAISSSSSSS SOCORRRRRRRRRR
ResponderExcluirCheia das 'bad intentions'...
ResponderExcluirAdoray o cap. Quero mais!! *o*
AAAAAAAAAAAH QUE PERFEITO! Saudade do Connor ): POKASDOPKASOPKD Josh e Anne <3
ResponderExcluirLindo, lindo, esse cap Ariel *-*
ResponderExcluirAgora nem é mais tããão surpresa se for quem eu tô pensando, né? haushauhsua
E o Joey, fofura! Tenho uma coisa com crianças, não resisto ^^ kk
Família linda, cap lindo. E ah, essa do bastão me fez chorar de rir, hehe Se bem que meu pai também faz esse tipo...
A JENN E A SURPRESA DELE? :O CAI MORTINHA
ResponderExcluirEssa dos "direitos humanos" é boa UAHSHUAUHSA
ResponderExcluirOk, depois dessas pistas e daquele certo comentário da Hysla no face, eu já tenho certeza de que é a Jenn u_u k
Amei o capítulo, haha *u*
Jenn sua lindja, estamos aguardando sua aparição na fic
ResponderExcluirUI, deixar tão óbvio assim que era a Jenn, é? HAHAHAHAHA
ResponderExcluirJenn na fic!!! Legal, eu queria ver o Connor e hoje teve *-*
ResponderExcluir