03 - Take this gift and don't ask why
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segunda temporada
·
Postado por
Ariel Cristina Borges
às
segunda-feira, setembro 17, 2012
Droga. Eu deixei o notebook ligado antes de sair, ele
hibernou e não descarregou. E eu estava editando o roteiro...
- Isso o que? – Me fiz de desentendida enquanto caminhava
até a cama e me sentava ao lado dele, pegando o notebook.
- Isso escrito... Eu não sabia que você escrevia histórias
assim.
- Eu já quase publiquei um livro no Brasil... Só não levei a
ideia para frente porque vim para LA.
- Mas isso aí é um roteiro de filme... – Olhei para ele. –
Sim, eu não resisti e li um pedacinho desse arquivo que está aberto. E a pasta
de origem também está... Quando você ia dizer que estava escrevendo um roteiro,
Ann?
- Ninguém sabe. – Ele levantou a sobrancelha. – Ok, as
meninas sabem. Mas porque fuçaram o meu notebook quando nós ainda estávamos em
NY.
- Eu não lembro de te ver escrevendo em NY.
- Porque eu comecei a escrever quando nós estávamos
separados. Eu tinha que me distrair com alguma coisa.
- Eu posso ler? – Ele pediu.
- Eu... Ainda não está pronto. Estou terminado de editar.
Você não devia ter visto isso agora... – Falei demais.
- Por que eu não devia ver isso agora? – Não tinha como
fugir.
- Porque eu escrevi o personagem principal para você. – Ele
sorriu.
- Agora mesmo é que eu quero ler. Você escreveu para mim...
Deixa, vai?
- Como se eu conseguisse te negar alguma coisa. Toma. –
Coloquei o notebook nas pernas dele e encostei a cabeça em seu ombro para ler
junto. – Lê. – Coloquei no primeiro arquivo e ele começou a ler a sinopse.
“Thomas Parker é um jovem de vinte e poucos anos que sofre
danos psicológicos depois que perde a esposa, Emma, num acidente de carro. Após
muita relutância e insistência de sua família e dos amigos, ele começa a
frequentar um grupo de terapia, e lá conhece Summer, outra jovem com um trauma
misterioso em seu passado. Juntos, eles descobrem como superar os traumas e
percebem que seus novos começos podem estar mais perto do que imaginam.”
- Qual vai ser o nome do filme? – Ele perguntou.
- Já pensei em algumas coisas, mas não decidi. Não sei nem
se vou mandar para alguma produtora...
- Quando eu acabar de ler, a gente conversa sobre isso.
Coloquei a cabeça em seu ombro novamente e comecei a ler
junto com ele, mas estava tão cansada que adormeci antes da segunda página.
Acordei quase duas horas depois com dor no pescoço por estar na mesma posição.
Josh ainda estava lendo.
- Você não vai dormir? – Perguntei.
- Quero adiantar a leitura... Eu não sabia que namorava uma
escritora. – Eu ri.
- Não exagera, a história não ficou boa.
- Você está brincando, né? – Ele perguntou sério.
- Josh, eu estou com muito sono para falar disso agora. Não
dorme tarde, ok? – Olhei o relógio. Já eram quase três da manhã. – Quer dizer,
não dorme muito tarde. Você pode continuar a ler depois.
- Vou ler só mais esse arquivo e depois eu continuo.
Voltei a dormir, dessa vez deitada ao seu lado. Estava
sonhando com alguma coisa que não lembro bem, mas foi um daqueles sonhos que
você sempre abre os olhos quando acaba se perguntando por que acabou. Em
circunstâncias normais, eu apenas viraria para o outro lado e voltaria a
dormir, mas quando a lâmpada do seu quarto ainda está acesa por um motivo que
você desconhece, fica difícil de pegar no sono outra vez.
- Você ainda está acordado, Josh? – Perguntei, enquanto
brigava com a claridade e tentava abrir os olhos de vez.
- Sim... – Ele estava com a voz um pouquinho embargada. Abri
os olhos, ignorando o incomodo e tive tempo de vê-lo enxugando uma lágrima do
rosto.
- Você está chorando? Aconteceu alguma coisa? - Me sentei, ainda meio sonolenta. Olhei pela janela e o céu estava começando a querer clarear.
- Eu não estou chorando, foi só uma lágrima.
- Ok, e por que essa lágrima caiu?
- Você ainda pergunta? Esse roteiro é incrível, Ann. Eu ainda não terminei, mas com a minha experiência eu posso dizer que um bom diretor faria disso aqui um ótimo filme.
- Sério?
- Eu não brincaria com isso. Mas esse não era o motivo da minha lágrima. Você... Você escreveu isso para mim, Ann. Saber que você acredita tanto assim no meu trabalho a ponto de escrever um personagem desses pensando em mim foi o que me emocionou. – Eu sorri e dei um beijo nele.
- É claro que eu acredito no seu trabalho. Sempre acreditei, esqueceu? – Ele sorriu. – Vai terminar de ler agora?
- Vou, o sono já foi embora de vez mesmo... E eu já estou no fim.
- Bem, já são seis da manhã... Vou fazer um café, aí você consegue terminar de ler e eu consigo ficar acordada.
- Você está chorando? Aconteceu alguma coisa? - Me sentei, ainda meio sonolenta. Olhei pela janela e o céu estava começando a querer clarear.
- Eu não estou chorando, foi só uma lágrima.
- Ok, e por que essa lágrima caiu?
- Você ainda pergunta? Esse roteiro é incrível, Ann. Eu ainda não terminei, mas com a minha experiência eu posso dizer que um bom diretor faria disso aqui um ótimo filme.
- Sério?
- Eu não brincaria com isso. Mas esse não era o motivo da minha lágrima. Você... Você escreveu isso para mim, Ann. Saber que você acredita tanto assim no meu trabalho a ponto de escrever um personagem desses pensando em mim foi o que me emocionou. – Eu sorri e dei um beijo nele.
- É claro que eu acredito no seu trabalho. Sempre acreditei, esqueceu? – Ele sorriu. – Vai terminar de ler agora?
- Vou, o sono já foi embora de vez mesmo... E eu já estou no fim.
- Bem, já são seis da manhã... Vou fazer um café, aí você consegue terminar de ler e eu consigo ficar acordada.
- Eu vou com você, preciso esticar as pernas.
Saímos do quarto e nos deparamos com um silencio absoluto no
apartamento.
- Isa e Keegan ainda devem estar dormindo, cuidado com o
barulho. – Eu disse.
- A gente vai fazer um café, não colocar um bloco de
carnaval na rua. – Ele disse quando estávamos quase chegando na cozinha. – A
não ser que você tenha segundas intenções.
- Acabei de acordar, meu cérebro não teve tempo de fabricar
intenções escondidas.
- Ainda bem que eu não dormi. – Ele me puxou e me deu um
beijo. E que beijo.
- Josh, o café...
- Acho que eu não preciso de mais nada para me manter
acordado, mas vamos, o café. Tenho que terminar aquele roteiro hoje.
- Esquece o fato de que fui eu quem escreveu aquilo. Você
gostou mesmo da história? – Perguntei enquanto colocava água para ferver.
- Claro que gostei, Ann. Eu disse, acho que pode dar um bom
filme nas mãos da pessoa certa. – Ele respondeu, encostado no murinho da
cozinha. Me virei para ele encostada no fogão.
- Eu ainda não sei se vou divulgar. Eu estava pensando em te
dar o roteiro pronto de presente de aniversário, não era para você ter
descoberto agora.
- Sério? Desculpa ter estragado a sua surpresa, então.
- Não tem problema, eu penso em outra.
- Não precisa se preocupar com isso. – Ele disse.
- Não é preocupação, é surpresa! E é seu aniversário, o
primeiro em que nós estamos juntos. Se você pensa que eu não vou fazer anda,
está bem enganado. – Disse enquanto andava em sua direção.
- Eu acho que não vai adiantar discutir, né?
- Nem um pouco.
- Então vem cá. – Ele me puxou para perto e me deu um beijo.
Antes que eu percebesse, ele me pegou e me colocou sentada no murinho onde ele
estava encostado e eu prendi as pernas em volta de sua cintura. Continuamos nos
beijando. Nós só não esperávamos que em um movimento de braço, nós dois
fôssemos esbarrar no pote de açúcar que estava do nosso lado. De vidro.
- Era uma vez um pote de vidro. – Eu disse.
- Pois é. A cozinha é território da Julie, acho que vou ter
que dar outro pote a ela.
- Ah, ela vai casar, ela supera.
- Se é assim, onde estávamos? – Dei outro beijo nele,
ignorando completamente todo o açúcar esparramado pelo chão.
- Que bonito, agora vocês quebram a casa? – Nós demos um
salto quando ouvimos a voz de Isabella. Olhei para a porta da cozinha e os
olhos dela iam do pote para Josh, do Josh para mim e voltavam para o pote,
passando pela mão dele na minha perna e pelos prováveis arranhões que eu deixei
em suas costas nuas. Keegan estava atrás dela, mas acho que ainda estava
dormindo, porque não fez nenhuma piadinha infame.
- Bom dia, Isa. Bom dia, Keegan. – Nós dois dissemos juntos,
sem nos mover. Me senti uma criança que foi pega depois de fazer o que não
devia.
- Limpem essa bagunça. – Ela disse antes de se virar e guiar
um Keegan sonâmbulo de volta para o quarto.
- Depois. – Eu disse olhando para Josh quando ela saiu do
nosso campo de visão. Ele me respondeu com um beijo. E mais uma vez, fomos
interrompidos. Dessa vez pela chaleira que começou a chiar porque a água
ferveu.
- Acho que a sorte não está ao nosso favor agora. – Ele
disse.
- Não mesmo. Vou fazer o café.
- Eu limpo o chão.
- Ok. – Ele me deu um selinho e foi pegar a vassoura e a pá
para limpar o chão enquanto eu fazia o café. – Pega mais açúcar no armário, por
favor? Não vai dar para usar esse... – Eu disse olhando para a mistura de
açúcar e vidro que estava na pá que ele estava levando para o lixo.
- Acho melhor a gente tirar o vidro de perto da próxima vez.
- Combinado.
Terminamos com a cozinha e voltamos para o meu quarto com
dois copos de café gigantes. Isso é uma cosia que você aprende nos Estados
Unidos. Xícara, nunca mais. Café é no copo de no mínimo 300 ml.
- Falta quanto para você acabar? – Perguntei quando nós
sentamos na cama.
- Acho que umas dez páginas.
- Não vou conseguir ler sem dar pitaco, vou fazer outra
coisa.
- Vou ler rápido, pode deixar.
Peguei o livro que estava lendo e tentei me concentrar
enquanto ele estava ao meu lado com o notebook aberto, mas eu não consigo. Não
tem como ficar calma quando tem alguém lendo o que você escreveu. Eu nunca
consegui essa proeza.
- Você está nervosa. – Ele tirou os olhos do notebook e
olhou para mim.
- Não estou.
- Então por que você está mexendo a perna de um lado para o
outro como mexe quando fica nervosa? – Eu estava mexendo a perna
involuntariamente.
- Desculpa. Eu não consigo não ficar nervosa quando tem
alguém lendo algo que eu escrevi. Ainda mais sendo esse roteiro e sendo você.
- Eu estou acabando. E não tem motivos para ficar desse
jeito, eu ainda não mudei a minha opinião.
- Vou tomar um banho, não vou aguentar ficar do seu lado,
mesmo sabendo que a sua opinião não mudou.
Saí da cama o mais rápido o possível, peguei minhas coisas e
fui tomar banho. Demorei mais do que o necessário, tinha tomado banho horas
antes quando fui dormir, mas na verdade eu queria dar tempo dele terminar.
- Acabou? – Perguntei assim que entrei no quarto, depois de
ter me arrumado a penteado os cabelos no banheiro.
- Sim. – Corri e me sentei ao lado dele.
- E aí? – Perguntei. O notebook já estava fechado ao lado
dele.
- Eu amei. – Ele segurou o meu rosto.
- Sério? – Dessa vez que estava chorando era eu.
- Sério. – Ele me deu um beijo. – Você precisa divulgar
isso.
- Quando eu acabar de editar e revisar, a gente mostra para
as meninas, para o Ian e para o Keegan. Tem personagens para eles dois aí
também. Vai ser uma divulgação...
- Não assim, Ann. Isso precisa virar filme.
- Isso só vai virar filme se você e os meninos fizerem parte
do elenco. – Eu disse.
- Você é a roteirista, pode exigir isso. Nós três já
trabalhamos juntos antes, vai ser até mais fácil.
- Então quando eu acabar, nós discutimos. Agora temos que
falar de outra coisa...
- Que coisa?
- Dia 12 de outubro. Como você quer a sua festa?
- Já disse que você não precisa se preocupar com isso.
- E eu já disse que não vai ser uma preocupação porque é seu
aniversário. Diz como você quer ou eu ligo para a sua mãe e aí as coisas vão
fugir do seu controle.
- Não, não liga para a minha mãe sem ter nada em mente!
Senão vocês duas vão fazer uma festa de três dias.
- Então fala como você quer! – Eu disse rindo.
- Alguma coisa pequena, só a gente, os meus pais, Connor,
Amy, as meninas, Ian e Keegan. E, ah, Troian e Patrick. O Avan não vai estar
aqui...
- Ok, algo pequeno. – Minha mente começou a fazer planos e
eu pensei numa cosia que com certeza, ele não esperaria... – Um jantar?
- Isso, um jantar é o suficiente. Pode ser lá em casa.
- No jardim de trás?
- Sim.
- Ok. Vou ligar para a Mich e começar a pensar nas coisas. E
na sua surpresa nova.
- Não vou discutir.
- Então vem cá. – Repeti o que ele tinha dito mais cedo e o
puxei para um beijo. Nós ficamos ali pelo resto da manhã e acabamos cochilando.
Quer dizer, eu cochilei, Josh dormiu, já que não tinha dormido a noite toda.
Ouvi um barulho vindo da sala, deixei Josh dormindo e fui
ver o que era. Julie e Ian tinham chegado.
- Bom dia! – Eu disse quando avistei os dois.
- Bom dia! – Eles responderam.
- Como foi a primeira noite dos noivos? – Perguntei rindo.
- Perfeita. – Ian disse e deu um beijo na testa de Julie.
- Eu não consigo parar de olhar para o meu anel.
- É lindo! Ian só deixou eu e Isabella vermos o anel
ontem...
- Olha mais, olha mais! – Ela veio na minha direção com a
mão esticada. Não era preciso dizer que ela estava extremamente feliz.
- Cadê o Josh? – Ian perguntou.
- Dormindo.
- E Isa e Keegs?
- Aqui. – Keegan disse atrás de mim.
- De onde vocês surgiram, criaturas? – Perguntei.
- Do quarto, oras. Nós não voltamos a dormir depois que
certas pessoas fizeram um mega barulho na cozinha de manhã cedo. – E agora
Keegan estava acordado.
- O que aconteceu na cozinha? – Julie perguntou.
- Ela e o Josh quebraram o pote de açúcar. – Isabella disse.
- Não pergunte como... – Keegan adicionou.
- Vocês quebraram o meu pote? – Julie perguntou.
- Julie, você vai ganhar uma cozinha inteira logo, logo,
supere.
- Hoje a comida é de vocês dois. – Ela disse.
- Castigo?
- Totalmente.
- É injusto fazer isso com ela sozinha. – Josh disse com
aquela voz de sono atrás de Isabella e Keegan.
- Você acordou. – Ele veio para o meu lado e me abraçou.
- Fui eu quem quebrou o pote.
- Fomos nós dois. – Eu ri.
- Por favor, respeitem a área comum da casa. – Isabella
disse.
- Ela foi completamente respeitada. – Josh respondeu.
- Pois então, continuem respeitando a cozinha enquanto fazem
o nosso almoço. – Julie disse.
- Toda prosa só porque mudou o status de relacionamento... –
Josh disse.
- Me deixa, que hoje eu posso, ok? – Ela respondeu rindo.
- Só hoje. – Eu disse.
Eu e Josh fomos para a cozinha fazer o almoço e por pouco
não quebramos mais alguns potes... Mas é a vida, fazer o que. O almoço ficou
pronto um tempinho depois. E eu esperei ele ir embora para fazer uma ligação.
- Oi Ann! Tudo bem por
aí?
- Tudo sim, Mich. Te liguei para falar do aniversário do
Josh...
- Eu ia te ligar para
falar disso amanhã!
- Eu conversei com ele, ele quer uma coisa simples. Mas eu
vou precisar de ajuda para trazer uma pessoa para LA... Uma surpresa.
- Quem?
Música do capítulo:
Love Will Show You Everything
Jennifer Love Hewitt
Essa música é da trilha de um filme PER-FEI-TO
que chama "Antes que Termine o Dia". Assistam ;)
Algum palpite pra surpresa da Ann?
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COMASSIM, QUEM, MEU DEUS???? ~revira todos os posts pra descobrir~
ResponderExcluirPERFEITOOO, Como sempre né u.u af nunca vou me cansar de ler e acompanhar essa fic :3 a melhor de T-O-D-O-S os tempos *o* <3
ResponderExcluir"I love you, you love me..."
ResponderExcluirAmo essa música de paixão (como se você não soubesse).
Amei o capítulo *o* Apesar de achar que a área comum da casa deve SIM ser respeitada. Ai, ai, ai!
E quanto ao roteiro, diga-me que tem um 'porforex'!!
AAAAAAAAAAAAAAQ, obrigada babys ♥
ResponderExcluirThaís: Não adianta que a pessoa não apareceu.
Anna: THAAAAAAAAAANKS
Natascha: Mas FOI respeitada, kkkkkkkkkk
E o roteiro foi mais que descoberto, haha!
ResponderExcluirJoshanne RESPEITANDO kkkk
Que tal de surpresa é essa? :O
P.S: Linda música... e um dia assisto esse filme u_u
QUEM????
ResponderExcluirE como você disse, a cozinha FOI respeitada não é mais. kk
E A AVO DO JOSH??????? OU UM ARTISTA FAMOSO?? E AKELE CARA DO BASEBALL O Rudi Johnson??????? OU O Jake Gyllenhaal AI PARA NEEEE E ALGUEM MTO FODA E O COLDPLAY? JOSH GOSTA DE COLDPLAY AI DEUSSSS
ResponderExcluirVISH, vocês estão passando loooooooooooonge da pessoa que é! kkkkk
ResponderExcluirOlha, que a cozinha da Anne foi respeitada sim. A que não foi respeitada foi a do Josh, a da mesa de mármore, lembra? KKKKKKKKKK